Nova York hiperativa: congestão, usos do solo e formas edificadas em Manhattan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sousa, Nilberto Gomes de
Orientador(a): Valença, Márcio Moraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50958
Resumo: Os grandes centros urbanos se caracterizam por uma crescente complexidade, constantes transformações e por serem, desde o fim até o começo, a caixa de cena de intermináveis disputas. Neles, a extrema concentração de áreas construídas, de modos de vida e de usos e funções heteróclitas em um espaço reduzido, demarca o conjunto de singularidades que Koolhaas intitula como “cultura da congestão”. São hercúleos os esforços para explicar a complexa cidade contemporânea, projetar os seus desígnios e/ou reparar as suas chagas. A partir desse cenário, surgem as questões: na situação de congestão dos grandes centros urbanos do capitalismo avançado, quais as características morfológicas e funcionais que favorecem a hiperatividade urbana? E ainda: como, nas situações de congestão dos grandes centros urbanos do capitalismo avançado, os atributos morfológicos e os fluxos se configuram de maneira que nos permita conceituá-los como áreas urbanas hiperativas? Nossa conjectura é que nas situações de congestão, o conjunto de atributos morfológicos das frações hiperadensadas resulta em áreas de hiperatividade urbana. O objeto de estudo compreende, portanto, a cidade contemporânea representada por Nova York. Admitindo que a congestão (KOOLHAAS, 2008) é uma das condicionantes necessárias à hiperatividade urbana, nos lançamos à compreensão das áreas em situação de congestão de Nova York, intencionando medir sua densidade construída, explorar as relações das situações de congestão com a hiperatividade urbana e esboçar o conceito de hiperatividade urbana. Para tal, quantificamos a densidade física da congestão por meio de quatro índices: o índice de construção, o índice de forma urbana, o índice de ocupação e o índice de espacialidade. Paralelamente, observamos as relações da congestão com a vitalidade urbana, com redes e fluxos, por meio de estudos que utilizam big data e operam uma Datascopia urbana, ou seja, um diligente exame da cidade por meio dos dados, com objetivo de auscultar os batimentos da cidade dos bits e capturar as suas dinâmicas. Observamos igualmente atributos relevantes para a congestão/vitalidade, como uso do solo e das edificações, traçado, idade das edificações e o número de unidades residenciais. Por fim, conscientes de que a morfologia não responde por tudo que acontece na cidade, exploramos as variáveis interagentes, os fluxos em Nova York – dinâmica populacional, corridas de táxi, uso de mídias sociais e consumo de energia e gás – que entendemos como sendo efeitos epimorfológicos da hiperatividade. Desse modo, os principais resultados indicam que as situações de congestão configuram áreas urbanas hiperativas e que os Índices de Construção e de Forma Urbana são os atributos morfológicos mais relevantes na sua constituição. A pesquisa também nos permite descrever a morfologia da congestão, relacioná-la aos fluxos existentes, sopesar seus efeitos na constituição de áreas urbanas hiperativas e delinear o conceito de hiperatividade urbana. Para a simulação de morfologias com diferentes adensamentos construtivos, propomos uma ferramenta de parametrização que nos permite controlar os índices utilizados para medir a densidade.