Qual é a sua praia? Arquitetura e sociedade em praias de Natal-RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Donegan, Lucy
Orientador(a): Trigueiro, Edja Bezerra Faria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21606
Resumo: Esta tese discute nexos entre arquitetura e sociedade em espaços públicos; especificamente em três praias urbanas de Natal-RN. Malgrado serem importantes espaços públicos de socialização e lazer em cidades brasileiras, as razões de grupos sociais escolherem certas praias são distintas – situação antagônica à mítica de serem arenas universalmente acessíveis, “democráticas”. Nossos estudos de caso em Natal, apesar de terem traços em comum – paisagens atraentes, transporte público, estruturas de lazer e usos intensos – são descritas de modos contrastantes: a Redinha como remota e popular, a Praia do Meio como “decadente” e Ponta Negra frequentada pela classe média e turistas. Entende-se que espaços públicos são bens essenciais de sociedades urbanas, e que a forma do espaço pode ajudar a unir ou apartar pessoas, favorecendo níveis distintos de vitalidade urbana, entendida aqui como pessoas diversas convivendo pacificamente, e estabelecendo vínculos com a área. Atributos arquitetônicos são investigados – de per si e em perspectiva comparada entre as praias – que foram referenciados na literatura como facilitadores da vitalidade urbana. A arquitetura é entendida como configuração espacial (o vazio) e conjunto construído (o cheio). Em cada praia a estrutura do espaço - enquanto um sistema de limites e permeabilidades - compõe diferentes rotas prováveis entre ou para lugares – mais locais ou mais abrangentes – que confluem ou se dissociam, juntando ou separando fluxos. Isto gera padrões de movimento que caracterizam distintos conjuntos construídos e grupos sociais em cada praia, os quais influenciam também em costumes e visões. Deste modo, a forma na Redinha e na Praia do Meio acentua clivagens, ao passo que em Ponta Negra, minimiza separações, já que sua malha urbana se conecta melhor ao entorno. No geral, achados reforçam uma conhecida polaridade, entre menos e mais favorecidos economicamente; assim, limitadas vitalidades urbanas são expressas por arquiteturas que mais das vezes separam cada qual na sua praia.