Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eryck Holmes Alves da |
Orientador(a): |
Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52805
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Resumo: |
Os efeitos do envelhecimento na ritmicidade circadiana têm implicações desde o desempenho cognitivo complexo a funções fisiológicas simples. Estas mudanças incluem alterações no padrão de expressão rítmica, como uma ampla fragmentação do ritmo de atividade-repouso, diminuição na amplitude e dificuldade na sincronização regulada pelo núcleo supraquiasmático (NSQ). O estudo dos efeitos biológicos da luz tem recebido um grande interesse atual, devido, dentre alguns aspectos, sua resposta positiva nas desordens psiquiátricas em humanos, como exemplo a depressão sazonal. Entretanto, ainda são conflitantes e escassos os dados com padrões metodológicos sobre os efeitos da luz. Pensando nisso, a terapia com luz pode ser usada para estimular o NSQ a melhorar sua estabilidade em uma fase ontogenética na qual ocorrem várias desregulações circadianas, possivelmente devido danos nesse marcapasso. O objetivo desse trabalho é avaliar o efeito da terapia com luz azul sobre os aspectos funcionais do NSQ de ratos idosos, através da avaliação do ritmo de atividade-repouso, bem como sobre possíveis mudanças neuronais, com avaliação de NeuN-IR, e neuroquímicas, por meio de BMAL1-IR. Para isso, foram utilizados 43 ratos Wistar machos (650-690g) com dezesseis meses de idade. Os animais foram submetidos ao registro contínuo de atividade locomotora e expostos por 6 horas à luz azul de baixa intensidade (150 lux; pico em 470-490 nm) durante a primeira metade da fase clara do ciclo claro-escuro de 12:12 h por 14 dias. Alguns animais foram perfundidos nesta etapa nos ZT6 ou ZT12. Ao final da terapia com luz azul, os animais restantes voltaram as condições fóticas basais por mais 14 dias, sendo perfundidos ao final. Após exposição à luz azul de baixa intensidade, os animais apresentaram mudanças nos padrões de ritmicidade locomotora e neuroquímica do NSQ. Foi observado que a luz azul parece ter um efeito positivo, promovendo a elevação da robustez rítmica, favorecendo a maior consolidação da fase de repouso, incrementando o índice de função circadiana, além de elevar o número de células BMAL1-positivas no NSQ. Acreditamos que nosso estudo servirá como base para a compreensão dos mecanismos neurobiológicos da utilização da exposição fótica azul como método eficaz na minimização das desordens circadianas do sistema de temporização envelhecido. |