Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Almada, José Alexandre Berto de |
Orientador(a): |
Furtado, Edna Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19781
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Resumo: |
A Área de Proteção Ambiental de Jenipabu foi criada pelo Decreto nº 12.620/95, abrangendo as praias de Redinha Nova, Santa Rita e Jenipabu e as comunidades de Campina, no município de Extremoz, e um fragmento da comunidade da África, no município de Natal. Essa unidade de conservação foi criada no contexto de expansão da atividade turística no Rio Grande do Norte, na década de 1990, no qual os investimentos do PRODETUR possibilitaram a instalação de equipamentos infraestruturais, principalmente, na Via Costeira e na Praia de Ponta Negra, em Natal, inserindo-a na rota do turismo de sol a mar do Nordeste brasileiro. Nesse contexto, a praia de Jenipabu, em Extremoz, tornou-se um dos principais pontos turísticos para quem visita o município de Natal, em virtude dos elementos naturais de sua paisagem, o seu campo dunar, onde é oferecido aos turistas o passeio de buggy. Em dezembro de 1994, o excesso de passeios de buggy realizado nessas dunas levou o IBAMA a interditar o seu acesso aos bugueiros para realização de estudo ambiental. Essa medida resultou na criação da APAJ, em 1995, com o objetivo de ordenar o uso e ocupação do solo para proteger os seus ecossistemas, sobretudo o das dunas, da atividade turística desordenada. Tendo em vista esse contexto, esta dissertação tem como objetivo analisar o processo de criação da APAJ e as transformações no espaço geográfico de suas praias, Redinha Nova, Santa Rita e Jenipabu, a partir do processo de materialização da atividade turística, bem como suas implicações para os seus moradores. Para esse fim, este trabalho traz uma discussão sobre as correntes ambientalistas que desenvolveram-se na porção ocidental do globo terrestre, com enfoque na necessidade de normatizar pequenas áreas do território nacional em unidades de conservação, e uma análise das políticas públicas que possibilitaram a implementação do turismo na APAJ, bem como as leis e os decretos que regem o seu processo de criação e gestão. Utilizando-se da teoria dos circuitos da economia urbana de Santos (2008), para analisar o território usado pelo turismo nas praias da Redinha Nova, Santa Rita e Jenipabu, evidenciando a sua relação de dependência com o território usado pelo circuito superior na Via Costeira e na Praia de Ponta Negra e a sua influência no processo de urbanização da APAJ. Finaliza-se com a análise da influência da materialização do turismo nas transformações das formas existenciais de ser-no-espaço e de ser-do-espaço das praias de Santa Rita e Jenipabu em cada situação geográfica da APAJ entre as primeiras décadas do século XX até o ano de 2014. O trabalho de campo foi realizado entre os anos de 2012 e 2014, por meio de ações de entrevistas qualitativas com os moradores mais antigos das praias de Santa Rita e Jenipabu, entrevistas com questionário estruturado com os comerciantes da APAJ e coleta de pontos GPS do comércios, identificando e mapeando o território usado pelo circuito inferior nas praias de APAJ. |