Fibrina rica em plaquetas injetável (I-PRF): caracterização celular, morfológica e proteica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Varela, Hugo de Almeida
Orientador(a): Araújo, Aurigena Antunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27090
Resumo: Estudos experimentais demonstram o efeito da fibrina rica em plaquetas (PRF) nas técnicas de regeneração tecidual otimizando o processo de reparo; podendo ser utilizada na forma líquida (i-PRF). O objetivo dessa pesquisa foi determinar a composição celular do i-PRF, caracterizar sua morfologia a nível microscópico, investigar a expressão de proteínas envolvidas no processo de reparo e avaliar sua interação com um material biocerâmico a partir de um modelo in vitro. Materiais e métodos: Foram colhidas amostras sanguíneas de 15 voluntários humanos para comparação dos constituintes celulares entre o i-PRF e o sangue periférico. Amostras de i-PRF e de coágulos sanguíneos foram cultivadas in vitro durante 10 dias. O sobrenadante das amostras foi colhido nos intervalos 1h, 8h, 24h, 3 dias e 10 dias para quantificação dos fatores de crescimento PDGF-AB e VEGF por ELISA. Amostras foram tratadas histologicamente para caracterização morfológica e submetidas à marcação imuno-histoquímica para as proteínas IL-10, OC e TGF-β. Investigou-se a expressão gênica do fator de transcrição Colágeno tipo 1. Foram preparadas amostras do i-PRF misturadas com cerâmica bioativa granulada (HA/β-TCP) para avaliação da interação entre esses compostos através MEV. Resultados: Observou-se maior concentração de leucócitos (8.124 ± 1.419) e plaquetas (3.96x105 ± 0.72) no i-PRF em comparação ao sangue periférico (p <0.001), com uma maior proporção de linfócitos (60%) no i-PRF. Maiores níveis de VEGF foram liberados a partir do coágulo sanguíneo (1933 ± 704) em relação ao i-PRF (852 ± 376; p <0.001). Não foram observadas diferenças entre os níveis de PDGF-AB. Ensaio imuno-histoquímico demonstrou imunomarcação para TGF-β, IL-10 e Osteocalcina no grupo i-PRF. Análises por RT-PCR demonstraram aumento da expressão de Colágeno tipo 1 no grupo do i-PRF. Microscopicamente observou-se a formação de grandes aglomerados de plaquetas e fibrina e uma rede de fibrina em distribuição tridimensional espacial com a presença de linfócitos distribuídos de forma homogênea. As imagens por MEV apresentaram boa integração entre os grânulos de cerâmica e a malha de fibrina formada pelo i-PRF. Conclusões: Análises morfológicas revelaram que o processo de produção do i-PRF resulta em uma rede tridimensional de fibrina a qual incorpora plaquetas, leucócitos, colágeno tipo I, osteocalcina e fatores de crescimento. Assim, o i-PRF torna-se uma boa abordagem como um material líquido para ser associado a outros biomateriais.