Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ataide, Cathia Alessandra Varela |
Orientador(a): |
Mirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44868
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Resumo: |
Introdução: A depressão é considerada um fenômeno complexo e multidimensional, que causa distúrbios que prejudicam a qualidade de vida e a vida social. É um dos problemas de saúde mais prevalentes em todo o mundo. O Brasil lidera o ranking de prevalência de depressão entre as nações em desenvolvimento, apontando que as formas de adoecimento/sofrimento mental podem ter forte relação com as condições individuais e do contexto social. Objetivo: Analisar a prevalência e fatores individuais e contextuais associados à depressão autorreferida na população brasileira. Métodos: estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019). O desfecho foi elaborado a partir da questão Q092 (Algum médico ou profissional de saúde mental (como psiquiatra ou psicólogo) já lhe deu o diagnóstico de depressão?). Entre as variáveis independentes individuais, foram consideradas as sociodemográficas, de estilo de vida e condições de saúde. As variáveis contextuais predisponentes selecionadas foram Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e cobertura de atenção básica. Foi realizada a análise descritiva e bivariada e calculadas as Razões de Prevalência em uma Regressão de Poisson multinível (IC95%) para verificar a associação das variáveis individuais e contextuais com o desfecho. Permaneceram no modelo final apenas as variáveis que apresentaram significância estatística (p<0,05). Todas as análises foram realizadas utilizando-se o software Stata versão 13. Resultados: A prevalência da depressão na população brasileira foi de 9,9% (IC95% 9,5-10,3), e está associada a ser do sexo feminino (RP=2,28), idade de 30-59 anos (RP=1,14), divorciados (RP=1,26), com ensino superior (RP=1,70), com renda per capta acima de 3 salários mínimos (RP=1,23), que vivem na zona urbana (RP=1,14), que avaliam sua saúde como regular, ruim ou muito ruim (RP=1,89), que possuem outra DCNT (RP=2,81), fumantes (RP=1,49) e com tempo de tela em celulares de 3 horas ou mais (RP=1,06). As variáveis ‘Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)’ e ‘cobertura de atenção básica’ foram associados ao desfecho, mostrando que a depressão é menos prevalente em áreas com menor desenvolvimento humano e com menor cobertura de atenção básica. Conclusão: os achados indicam a elevada prevalência da depressão no Brasil e que esse desfecho está associado a fatores individuais e do contexto da unidade de federação. Nossos resultados apontam para o caráter emergencial do planejamento de políticas e a implementação de ações de promoção da saúde mental para esta parcela da população que vise a intervenção baseada na prevenção da doença e seus agravos e na promoção da saúde. |