Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Paulo Henrique Leal de |
Orientador(a): |
Leite, Iuri da Costa,
Costa, Patrícia Lusié Velozo da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40133
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que tem causado grande preocupação para os pesquisadores em saúde e formuladores de políticas, pois a despeito dos avanços alcançados, ainda apresenta taxas de detecção elevadas em alguns países em desenvolvimento. Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, mas quando acomete os menores de 15 anos expõe a existência de fontes ativas das doenças que não receberam qualquer tratamento. Assim, a taxa de detecção entre menores de 15 anos se constitui em importante indicador epidemiológico. O Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase, atrás apenas da Índia. Na região Nordeste, o Maranhão apresenta a maior prevalência entre os estados da região e maior taxa de detecção geral, sendo considerado como hiperendêmico. O objetivo desse estudo foi analisar a dinâmica de ocorrência da hanseníase entre menores de 15 anos, nesse estado, no período 2006-2015. Trata-se de estudo ecológico, no qual se investigou a associação entre a taxa de detecção em menores de 15 e um conjunto de indicadores socioeconômicos e ambientais observados nos 217 municípios do estado. Um modelo Binomial Negativo multinível com dois níveis, ano e município, foi utilizado. O ano de ocorrência apresentou relação inversa com a taxa de detecção da hanseníase entre menores de 15 anos (RT=0,98; IC 95%: 0,96-1,00). Quanto maior a proporção com Saneamento inadequado menor a taxa de incidência de hanseníase (RT=0,98; IC 95%: 0,98-0,99). Menores taxas de hanseníase foram observadas nos biomas Cerrado (RT=0,63; IC 95%: 0,42- 0,95) e Cerrado/Caatinga (RT=0,38; IC 95%: 0,18-0,78), quando comparados ao bioma Amazônia. O Clima também aparece como variável associada com a taxa de hanseníase com menores taxas entre residentes em municípios com clima equatorial (RT=0,71; IC 95%: 0,60- 0,85). O efeito da variável IDHM mostrou-se associado com a taxa de incidência de hanseníase apenas nos municípios com baixa densidade. Aumentos de 5% no IDHM resultaram em aumentos de 26% na taxa de hanseníase nesses municípios (RT=1,26; IC 95%: 1,00-1,59). Uma expressiva variação na taxa de hanseníase entre municípios permaneceu inexplicada, indicando que outras variáveis explicativas devem ser avaliadas. Contudo, é possível que a subnotificação dos casos de hanseníase deva estar enviesando essa relação. Esforços devem ser envidados para melhorar a qualidade da informação e o processo de detecção de novos casos. |