Um vértice de ângulo: tradição e modernismo em Histórias que o tempo leva, de Luís da Câmara Cascudo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Araújo, Emilly Valéria Ribeiro
Orientador(a): Ferreira, José Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49954
Resumo: Em Histórias que o tempo leva... (1924), Luís da Câmara Cascudo narra ficcionalmente episódios inspirados na História norte-rio-grandense. Matizando as curtas narrativas com as cores dos componentes locais, figuram em seus contos representações oriundas da cultura popular e da espacialidade citadina. Frente a esses conteúdos, o presente trabalho analisa as temáticas históricas, culturais e citadinas em articulação com as ideias do movimento modernista brasileiro, tendo em vista que Câmara Cascudo assumiu um papel de protagonismo nas discussões e na divulgação do movimento na província. Assim, esta pesquisa dialoga com as orientações teóricas de Antonio Candido (2014) e Mário de Andrade (1978) sobre o Modernismo; Walter Benjamin (1987), Le Goff (1990) e Alfredo Bosi (1992), para o estudo dos eventos correlatos ao campo histórico; Gaston Bachelard (1993) e Borges Filho (2007), para a análise das representações espaciais. A partir da análise empreendida, identificamos que a retomada de acontecimentos volvidos, pelo viés literário, propicia a apreensão de um passado caracterizado pela pluralidade, favorecendo o desrecalque histórico. Além disso, notou-se que as latências socioespaciais refletem indícios do universo colonial ao lado de uma tímida aspiração cosmopolita. Desse modo, compreende-se que o livro contribuiu para a renovação do pensamento intelectual nacional, o que se dá pelo regaste da tradição regional em consonância com as ideias em voga no modernismo.