Da Casa de Detenção à Colônia Penal “Doutor João Chaves”: o processo de afastamento da prisão em relação ao espaço urbano da cidade de Natal (1940-1975)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Aldenise Regina Lira da
Orientador(a): Arrais, Raimundo Pereira Alencar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20485
Resumo: Em 1970, foi desativada a Casa de Detenção de Natal, localizada no bairro de Petrópolis, sendo substituída pela Colônia Penal “Doutor João Chaves”, situada em um ambiente de características rurais, o distrito de Igapó. Porém, o processo que levou a esse afastamento da prisão em relação ao espaço urbano de Natal havia começado três décadas antes. A fundação da Colônia Penal “Doutor João Chaves” no município de Macaíba, e posteriormente, sua transferência para Igapó, no município de Natal, envolvem questões políticas e sociais que agem sobre a definição do lugar que a prisão deveria ocupar na cidade. Neste trabalho, pretendemos analisar o fenômeno do afastamento da prisão em relação ao espaço urbano da cidade de Natal, entre 1940 e 1975. Buscaremos investigar as relações que se estabeleciam entre a prisão e a cidade de Natal, com base no modo como as prisões aqui estudadas são enunciadas nos jornais e pensadas por seus planejadores, o que sofre interferências, entre outros fatores, das diferentes identidades espaciais contidas no território da cidade. Mas também buscaremos perceber a maneira como os sujeitos ligados à prisão, sobretudo os presos, interagem com o espaço urbano. Abordaremos a prisão enquanto instituição planejada por parte do Estado, cujas expectativas envolvem relações políticas locais e nacionais, mas também envolvem um projeto de como deveria ser a cidade. Contudo, este trabalho também é uma tentativa de analisar o preso como sujeito em interação com a sociedade intra e extramuros, através de suas formas de adaptação e resistência ao encarceramento.