Relações de gênero e sustentabilidade com mulheres catadoras de materiais recicláveis em uma Associação em Natal/RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nascimento, Aline Gadelha do
Orientador(a): Cabral, Carla Giovana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE - PRODEMA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25690
Resumo: Nesta dissertação de mestrado, buscou-se compreender as relações de gênero e sustentabilidade no contexto das mulheres catadoras da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Ascamar), localizada em Natal, Rio Grande do Norte. Para tanto, procurou-se analisar as relações de gênero apropriando-se da divisão sexual do trabalho baseada nos princípios de separação e hierarquia e das relações de poder, como também analisar a percepção das catadoras quanto ao meio ambiente e a sustentabilidade a partir do trabalho, vivência e o cotidiano. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa com uma abordagem etnográfica com obtenção dos dados através da observação participante, entrevistas semiestruturadas e escrita de diários de campo. Foram entrevistadas 20 mulheres catadoras. Para a interpretação dos dados foi utilizada a Análise Crítica do Discurso. Este estudo mostra evidências da situação de desigualdade que se manifestam na divisão de tarefas e na qualificação dessas tarefas dentro da associação. Além disso, verificou-se que essas mulheres estão inseridas em um ciclo intergeracional de pobreza que as coloca em condições de vulnerabilidade social. A análise da percepção quanto ao meio ambiente e a sustentabilidade revelou que as catadoras se reconhecem como agentes ambientais, pois compreendem que o trabalho de catação gera vários benefícios para o meio ambiente e para o meio urbano. Entretanto, enfrentam sérias condições de precariedade, além de discriminações e falta de reconhecimento em relação ao trabalho. Nota-se a necessidade de políticas públicas que favoreçam o reconhecimento e a inclusão social, além da garantia de condições mais seguras e dignas de vida e trabalho.