Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Raísa Barbosa de |
Orientador(a): |
Câmara, Saionara Maria Aires da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27859
|
Resumo: |
Introdução: A Caderneta da Gestante é um instrumento importante de registro que deve sempre estar em sua posse. Toda assistência à gestante deve estar devidamente registrada na Caderneta, pois esse registro, bem como a qualidade do mesmo, reflete a prática assistencial e serve de parâmetro para nortear as decisões seguintes. Por meio de tal registro é possível também acompanhar o seguimento de diretrizes para a assistência pré-natal e identificar necessidades de políticas que melhorem a qualidade da assistência. Isto é particularmente importante para os casos em que a gravidez está associada a maiores riscos para a gestante a para o bebê, como é o caso da gravidez na adolescência. Objetivo: Comparar o preenchimento da Caderneta da Gestante e o seguimento das recomendações do Ministério da Saúde entre mães adolescentes e adultas que realizaram acompanhamento do pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios da Região do Trairi do estado do Rio Grande do Norte. Metodologia: Trata-se de uma análise transversal de um estudo longitudinal denominado projeto AMOR (Adolescence and Motherhood Research), realizado nos municípios Santa Cruz, Lajes Pintadas, Tangará, Campo Redondo e São Bento do Trairi, que compõem a região do Trairi do estado do Rio Grande do Norte. A amostra foi composta por 76 mulheres, sendo 39 adolescentes (13-18 anos) e 37 adultas (23-28 anos), cujas Cadernetas da Gestante foram avaliadas entre 4 a 6 semanas pós-parto. Todas as participantes foram assistidas na rede do SUS e estavam em sua primeira gestação. A coleta de dados seguiu protocolo padronizado, sendo coletados dados sociodemográficos, realizada a avaliação da Caderneta da Gestante quanto ao preenchimento das categorias que as compõem e quanto ao seguimento das recomendações estabelecidas pelo Ministério da Saúde por meio da Rede Cegonha como número mínimo de consultas e de participação em reuniões educativas, realização de ultrassonografia (USG) e exames laboratoriais (ABO e fator Rh, urocultura, citopatológico cérvico-vaginal, HBsAg, toxoplasmose, glicemia, VDRL, hemoglobina/hematócrito e Anti-HIV). As porcentagens de registro dos itens da Caderneta e de preenchimento do seguimento das recomendações entre as adolescentes e adultas foram comparadas por meio do teste qui-quadrado. A comparação das medianas de proporção de preenchimento dos itens entre os grupos foi feita pelo teste MannWhitney. Resultados: Nenhuma das 11 categorias analisadas apresentou preenchimento completo para ambos os grupos. Estes diferiram estatisticamente em relação à “informação sobre USG”, com menor porcentagem de preenchimento entre as adolescentes (p=0,01). Dos 13 itens analisados das recomendações da Rede Cegonha as gestantes adultas apresentaram maior proporção de preenchimento em 11 deles quando comparadas às adolescentes, sendo estatisticamente superiores em relação à realização dos dois exames de glicemia (p=0,004), VDRL (p=0,040) e hemoglobina/hematócrito (p<0,001). Conclusão: Foi observada uma menor proporção de mães adolescentes com registro do seguimento das recomendações do Ministério da Saúde, o que mostra a necessidade de políticas de saúde que visem a melhora da assistência pré-natal para esta população. |