Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mello, Lívia de Rezende de |
Orientador(a): |
Marano, Daniele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47331
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar a qualidade do registro com base na completitude de preenchimento do cartão da gestante em âmbito nacional. Métodos: Foi realizada revisão sistemática de artigos científicos brasileiros que avaliaram a completitude de informações nos cartões da gestante nas seguintes bases de dados: Scielo, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), EMBASE e Web of Science - utilizando os descritores “avaliação em saúde” AND “cartão pré-natal” AND “gestante”. E também, para avaliar a completitude de preenchimento do cartão da gestante foram elegíveis, para esta análise, as mulheres atendidas na rede pública de saúde e que apresentaram o cartão da gestante do Ministério da Saúde, totalizando 6.577 cartões. Para avaliação da completitude sob o aspecto qualitativo, foram utilizadas variáveis relacionadas aos antecedentes clínicos e obstétricos, dados da gestação atual e resultados de exames de rotina. O preenchimento foi classificado segundo proporção de incompletude em ‘excelente’ (<5%), ‘bom’ (5% a 10%), ‘regular’ (10% a 20%), ‘ruim’ (20% a 50%), ‘muito ruim’ (incompletude > 50%) para o país e macrorregiões. Para avaliação do aspecto quantitativo (época de início e número de consultas) foi utilizado o índice de Kotelchuck. Resultados: Essa dissertação é apresentada sob forma de dois artigos. A revisão sistemática apresentada como primeiro artigo, identificou 43 estudos, dos quais sete foram selecionados. Para interpretação da completitude do preenchimento todos os artigos selecionaram campos do cartão de forma heterogênea e realizaram a análise de frequência relativa. No segundo artigo, a análise de preenchimento dos campos do cartão da gestante revelou média de completitude ruim no Brasil e macrorregiões, exceto a região Sul, que apresentou resultado regular. Com base no índice de Kotelchuck, a assistência pré-natal foi adequada em 57% das gestantes Com base no índice de Kotelchuck, a assistência pré-natal foi adequada em 57% das gestantes. Conclusão: Apesar de os estudos selecionados para a revisão sistemática terem classificado o preenchimento dos cartões de forma díspare, todos foram unânimes quanto ao preenchimento insatisfatório/ruim desse instrumento em diferentes locais do Brasil. Destaca-se que o não preenchimento pode representar a não realização de uma conduta ou o subrregistro da mesma, gerando impacto na continuidade do cuidado devido ao prejuízo de comunicação entre os diferentes níveis de atenção à saúde, sobretudo durante a internação. E ainda, o não preenchimento não fornece dados fidedignos para avaliação da assistência pré-natal. Portanto, é de extrema importância a valorização do preenchimento desse instrumento pelos profissionais de saúde, a fim de que condutas e tomadas de decisões sejam também pautadas com base nos procedimentos realizados ao v longo do pré-natal. O segundo artigo descreveu maior inadequação segundo critérios qualitativos, o que indica falhas no preenchimento do cartão da gestante, bem como a necessidade de melhoria da assistência pré-natal no Brasil. Além disso, é de suma importância enfatizar a necessidade do uso e preenchimento do cartão da gestante, especialmente o modelo padronizado pelo Ministério da Saúde. |