A argamassa da casa e do conflito: os usos políticos da construção da cidade da esperança feitos pelo grupo aluizista (1964-1966)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Araújo, Felipe Tavares de
Orientador(a): Rocha, Raimundo Nonato Araújo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19865
Resumo: Propomo-nos a analisar os usos políticos que o grupo ligado ao governador Aluízio Alves fez de um conjunto habitacional chamado Cidade da Esperança, erguido em Natal na década de 1960. Esse novo espaço iria atender a uma demanda por casas existente na capital, cujo contingente populacional crescia vertiginosamente. Esse aumento demográfico, no entanto, não era acompanhado pari passu pela expansão da oferta de moradias pelo mercado, fazendo com que a sua escassez se tornasse um problema social e passasse a constar na agenda política. A Cidade da Esperança, portanto, passou a ser uma resposta do Estado às necessidades da população e, em meio a esses problemas existentes e às expectativas de solução, o grupo político ligado ao governador Aluízio Alves soube explorar a questão na medida em que procurou usar esse espaço para negociar com diferentes agentes sociais, chegando a eleger como prefeito de Natal o gestor da obra, Agnelo Alves. Para a construção dessa análise utilizamos dois jornais, o governista Tribuna do Norte e o católico A Ordem. Eles representaram em suas páginas tanto os problemas de escassez de moradias quanto as apropriações feitas da Cidade da Esperança, permitindo assim a reconstituição histórica de alguns processos. Neles, constavam o cotidiano das construções, as ações dos indivíduos responsáveis e as tensões políticas que o grupo aluizista possuía com outro, mais ligado ao líder Dinarte Mariz. Dessa forma, eles possibilitam a análise de como a Cidade da Esperança apareceu no interior de uma rede de tensões e como foi utilizada para a busca de legitimidade em um campo político bastante polarizado.