Desenvolvimento de nanoemulsão catiônica para incorporar a peçonha do escorpião Tityus serrulatus e avaliar eficácia do soro produzido a partir de imunização de camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Medeiros, Arthur Sérgio Avelino de
Orientador(a): Silva Júnior, Arnóbio Antonio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31916
Resumo: As picadas de escorpiões estão entre as principais causas de acidentes com animais peçonhentos no Brasil e no mundo. O soro antiescorpiônico contém imunoglobulinas de animais imunizados com a peçonha de escorpiões, que são capazes de proteger pessoas susceptíveis. A produção do soro antiescorpiônico é alvo de melhorias, considerando a evolução de adjuvantes que podem auxiliar nas imunizações e aumentar o estímulo para produção. Sistemas de liberação de fármacos nanoemulsionados são promissores adjuvantes utilizados em muitos imunizantes, e propomos avalia-los na produção do soro antiescorpiônico. Desenvolvemos nanoemulsões, de forma inovadora, para atuar como sistemas de liberação para a peçonha do escorpião Tityus serrulatus e testar seu potencial adjuvante em camundongos Balb/c. No desenvolvimento das formulações, avaliou-se fatores da tecnologia que afetaram positivamente a ação adjuvante. Os resultados mostraram que nanoemulsões obtidas por técnicas de baixa energia apresentaram estabilidade de longo prazo, com perfis de tamanho de gotícula uniforme e reduzido (menor que 200 nm). As formulações desenvolvidas foram estáveis após alterações de pH e salinidade. As nanoemulsões foram obtidas revestidas com o polímero catiônico poli (etilenoimina), sem que também afetasse a estabilidade. As formulações desenvolvidas mostraram ser capazes de carrear os antígenos ligados de forma inespecífica, com as interações entre as nanoemulsões e a peçonha do escorpião demonstradas por espectroscopia FTIR. A peçonha carreada foi menos tóxica que a não carreada em relação à atividade hemolítica, apresentando ainda baixa toxicidade em células de macrófagos (RAW 264.7). A atividade adjuvante foi avaliada pela produção de imunoglobulinas em animais imunizados, testando as formulações desenvolvidas em comparação com o adjuvante convencional hidróxido de alumínio. Animais imunizados com o adjuvante nanoemulsão catiônica produziram comparativamente mais imunoglobulinas que o adjuvante nanoemulsão não-catiônica e que o adjuvante baseado em partículas de alumínio.