A planície costeira do Rio São Francisco: retrabalhamento costeiro, formas de leito, vazão e clima

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Beserra, Diego D'avila
Orientador(a): Vital, Helenice
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26685
Resumo: O rio São Francisco está localizado no nordeste do Brasil e é o maior rio inteiramente brasileiro. Este rio tem sido afetado por retrabalhamento costeiro com tempos de severa erosão costeira. As mudanças sofridas pela linha de costa têm sido atribuídas a mudanças antrópicas, a exemplo da construção das barragens. O objetivo deste trabalho é entender os fatores que controlam as mudanças de curto prazo que afetam a linha de costa deste rio. Para isto, foram utilizadas imagens de satélites de diferentes períodos (Landasat 7 ETM+, para 2009 e 2012 e Landasat 8 OLI para 2017), dados sonográficos e de sísmica rasa dos anos de 2009 e 2012, hidrodinâmicos e sedimentológicos (do ano de 2009), bem como dados históricos de chuvas, vazão do rio, Índice Oceânico El Niño (ONI, em inglês), e de eventos de Zona de convergência Atlântico Sul (ZCAS). Esse conjunto de dados foram processados, analisados e integrados, com o intuito de identificar correlações com as variações na linha de costa. Os resultados obtidos mostraram que as formas de fundo não sofreram mudanças significativas, indicando que no período estudado o rio ainda estava transportando uma quantidade suficiente de sedimentos para a costa. Os eventos de ZCAS apresentaram mais influência nas chuvas do que os eventos ONI. A interferência antrópica através de barragens exerceu maior influência nas mudanças da linha de costas do que os regimes de chuvas. Indicam ainda que o Rio São Francisco é o principal provedor de sedimentos para a costa, dessa forma, este rio irá sempre encontrar um novo ponto de equilíbrio quando a sua descarga for controlada.