Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fontela, Ana Karina Silva Cavalcanti |
Orientador(a): |
Medeiros Júnior, Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24095
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Resumo: |
Diante da necessidade de diminuir a incidência do câncer de colo de útero e as lesões causadas pelo vírus HPV, o Ministério da Saúde iniciou, em março de 2014, a campanha de vacinação contra o HPV nas meninas de 11 a 13 anos em todo o território nacional. Em virtude da procura dessas jovens adolescentes pelo serviço da atenção primária, considerou-se importante desenvolver um estudo, cujo objetivo foi o de analisar como as usuárias vacinadas contra o HPV, em uma Unidade de Saúde de Recife, percebem a prevenção do câncer de colo uterino. Tratou-se de uma pesquisa-ação, para cujo desenvolvimento foram constituídos dois grupos focais e duas oficinas. Cada grupo contou com um moderador, que conduziu a discussão, por meio de um roteiro-guia, com os seguintes temas: conhecimento e compreensão sobre a infecção pelo HPV e sua ligação com o câncer do colo de útero; entendimentos e preocupações sobre a vacinação contra o HPV; experiência de vacinação; entendimentos sobre a importância do rastreio do câncer do colo de útero e conhecimento sobre as estratégias de prevenção do câncer uterino na atenção básica, e com um anotador/registrador, responsável por gravar o áudio e transcrever as discussões. A amostra foi composta de vinte meninas na faixa etária entre 11 e 14 anos, que já haviam tomado a primeira dose da vacina, frequentavam a Unidade de Saúde Professor Mário Ramos há, pelo menos, seis meses e eram acompanhadas pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde. As reuniões ocorreram em um local confortável e neutro, o encontro foi quinzenal, em dia e hora combinados com as adolescentes, e as participantes foram convidadas pelos agentes de saúde que as visitaram no dia anterior para confirmar sua presença. Os dados foram interpretados à luz da Análise de Conteúdo de Bardin. Conclui-se que a maioria das adolescentes sente necessidade de mais esclarecimentos sobre o HPV e sua relação com o câncer uterino. Ficou evidente que os conhecimentos a respeito do HPV e suas formas de prevenção e a vacina disponível para essa faixa etária são limitados. Este estudo aponta para a importância de se discutir sobre a prevenção do câncer uterino nas escolas públicas, nas privadas e nos serviços de atenção à saúde, e que é preciso explorar com mais frequência o assunto na esfera da sexualidade. Há que se ressaltar que é imprescindível conhecer e redimensionar as dificuldades das jovens e propor uma reflexão sobre o autoconhecimento, esclarecendo dúvidas sobre os procedimentos clínicos, compartilhar experiências com outras jovens, criar vínculos com os profissionais de saúde e aderir às práticas participativas. Espera-se que, através dessas ações, diminua-se o número de casos e de óbitos causados pelo HPV. |