Associação de anticorpos específicos contra o Mycobacterium leprae ao desenvolvimento de incapacidades em hanseníase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moreno, Cléa Maria da Costa
Orientador(a): Ferreira Júnior, Marcos Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24147
Resumo: Após vinte e seis anos de implantação da poliquimioterapia para o tratamento da hanseníase no Brasil, ainda é encontrado um número significativo de casos nos serviços de saúde, condição que levou as autoridades sanitárias a assumi-la como uma doença negligenciada. As consequências dessa negligência são graves para as pessoas acometidas, uma vez que a demora na chegada aos serviços, frequentemente, ocasiona comprometimento de nervos, inclusive com incapacidades e deformidades desenvolvidas. Este estudo objetiva avaliar se os níveis de anticorpos anti-Mycobacterium leprae estão associados ao desenvolvimento de incapacidades em pacientes com hanseníase. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, com delineamento seccional, descritivo e analítico, com verificação da existência de associação entre a quantidade dos anticorpos específicos da doença e a presença de incapacidades. Os sujeitos foram arrolados no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015. O protocolo desta pesquisa foi submetido à apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e aprovado de acordo com registro do CAAE no. 0042.0.051.051-09 e Parecer 280/2012. A coleta foi realizada com os pacientes registrados pelo Programa de Controle da Hanseníase, dos setores de dermatologia do Hospital Universitário Onofre Lopes e do Hospital Estadual Giselda Trigueiro, ambos considerados referência para o tratamento da doença no Estado do Rio Grande do Norte. Os resultados evidenciam que o número de casos novos é crescente. Da amostra estudada 56% eram do sexo masculino e 44%, feminino; destes, 65,7%, Multibacilares e 34,3%, Paucibacilares. A faixa de idade mais atingida foi de 51 a 70 anos (41%). Dos pacientes que apresentaram Grau 2 de incapacidade, 92,3% eram do sexo masculino e, destes, 58,3% tinham mais de 60 anos. Verificou-se que a quantidade de anticorpos específicos para a doença está fortemente associada ao desenvolvimento de incapacidades, principalmente em pacientes do sexo masculino e em idade mais avançada.