Diálogo entre danças: corpo vivo, corpo vivido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Erika Rayane Silva de
Orientador(a): Alves, Teodora de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55083
Resumo: Escrever sobre dança é contribuir para a construção de narrativas sobre nossa história enquanto artista e professora. É um desaguar de atravessamentos e afetamentos que a arte nos propõe, através de relatos de experiências. É um desdobramento que nos permite captar imagens de nossas memórias. A presente pesquisa é, antes de tudo, um convite ao leitor a refletir sobre as pontes que seu corpo e sua arte podem construir através do diálogo entre as danças, e as potencialidades que podem surgir através dessas relações, sobretudo a construção de conhecimentos. A pesquisa teve como objetivo compreender possíveis relações entre o Ballet Clássico e as Danças Populares da cidade de Cabedelo (PB), sendo feita a investigação dessa natureza dialógica a partir do meu mundo vivido, do espetáculo Marbelo do coletivo Balé Popular de Cabedelo e através de relatos de entrevistadas. Para tanto, utilizamos da abordagem fenomenológica, fundamentada em Merleau-Ponty, Jorge Larrosa, André Lepecki, Laurence Loupper, Teodora Alves e Alysson Amâncio, para o desvelar do fenômeno e chegamos à seguinte compreensão: que é possível estabelecer uma linha tênue entre vertentes artísticas, sendo a dança, em destaque nesta pesquisa. Contudo, ao relacionar diferentes técnicas de dança, se faz necessário um estudo e um reconhecimento dessas culturas, a partir de suas historicidades, fazendo uma reflexão para saber que relação é essa que está sendo construída. Sejam elas aproximadas ou distintas, cada cultura tendo suas histórias preservadas, dessa forma, refletindo se, de fato, está acontecendo uma prática multicultural ou mais uma reprodução de uma prática de apropriação de saberes. Essa reflexão é um processo de construção duradoura e gradativa, levando até mesmo gerações para ser construída. Esse texto é mais uma semente lançada e um convite à reflexão de nossas práticas como artistas que buscam a diversidade e hibridização de seus corpos e seus movimentos.