Os caminhos do açúcar no Rio Grande do Norte: o papel dos engenhos na formação território potiguar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cruz, Luana Honório
Orientador(a): Teixeira, Rubenilson Brazão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20391
Resumo: O açúcar foi um dos primeiros produtos econômicos do Brasil e a sua produção, através dos antigos engenhos, foi responsável pela ocupação de boa parte da costa do que atualmente definimos como Nordeste, região onde, ainda hoje, o cultivo da cana e a produção de açúcar possuem relevância econômica. No Rio Grande do Norte não foi diferente. Aqui, o cultivo de cana-de-açúcar se manteve de forma praticamente ininterrupta do início da colonização até os dias de hoje. Mas, poucos são os estudos que tratam dos antigos engenhos potiguares. Este trabalho tem por objetivo estudar os antigos engenhos de açúcar do Rio Grande do Norte e sua relação com o processo histórico de formação e estruturação do seu litoral oriental, marcado historicamente pelo cultivo da cana-de-açúcar, destacando três escalas de análise desse território: a regional, a urbana e a arquitetônica. Na escala regional analisamos as características ambientais do litoral oriental potiguar que condicionaram a implantação da cultura canavieira e como esta contribuiu para a formação das principais vias de comunicação. Na escala urbana estudamos a formação e o desenvolvimento dos principais municípios do litoral oriental associados à produção e comercialização do açúcar. Na escala arquitetônica analisamos as características dos principais remanescentes dos antigos engenhos do litoral oriental. Analisando essas três escalas do território, pudemos perceber que se formou ao longo do tempo uma rede de produção, transporte e comercialização do açúcar em que os fluxos dessa mercadoria (e também de mão de obra, de capitais, etc.), circulavam entre centros de produção (engenhos) e centros de distribuição e comercialização (portos e praças comerciais dos núcleos urbanos) por intermédio de articulações (rios, caminhos, estradas e ferrovias), dinamizando a região. Esses fluxos do açúcar contribuíram para o fortalecimento de núcleos urbanos e para a implantação de vias de comunicação e, em última instância, para o próprio processo de estruturação do litoral oriental potiguar.