A formação da habilidade de explicar no contexto do ensino médio: o que dizem os livros? o que pensam os professores?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Marques, Antônia Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19582
Resumo: A discussão sobre explicação no conhecimento vem sendo feita há décadas. Neste percurso, apresentam-se diferentes formas de entendimento sobre o que é explicar a história: a primitiva descrição etnográfica, a cronista, a construção positivista de uma ciência histórica e a historiográfica da segunda metade do século XX. Nos dias atuais, essa discussão precisa ser continuada tanto no marco geral da prática científica quanto no âmbito das instituições escolares como habilidade cognitivo-linguística. O foco da nossa pesquisa está na segunda abordagem. A formação de habilidades, entre elas, a de explicar, vem sendo estudada por autores como: (NÚÑEZ, 2012; JORBA et al, 2000; SANMARTÍ e IZQUIERDO, 2000). Esta pesquisa teve como objetivo geral: estudar os processos da formação da habilidade de explicar Revolução Social nas aulas de História no Ensino Médio, segundo a opinião dos professores e conforme o conteúdo dessa temática nos livros didáticos de História, a fim de subsidiar a formação continuada de professores de História no Ensino Médio. A pesquisa de natureza qualitativa privilegiou como instrumentos de coleta de dados o protocolo para análise dos livros, elaborado para esse estudo, e a entrevista com os professores. Para isso, foram utilizadas as técnicas de análise de conteúdo e do discurso referenciadas, respectivamente, em Bardin e Orlandi. No primeiro momento, os instrumentos para a coleta de dados foram elaborados e validados, enquanto no segundo, os dados foram coletados, organizados e analisados. A partir das respostas às questões de estudo os resultados apontam que: a) quanto aos livros analisados - não expressam o trabalho com a definição do conceito de Revolução Social, considerando os processos para a formação dessa definição; o tipo de explicação predominante tem características da multicausalidade; as propostas para o ensino se caracterizam como ecléticas; b) quanto ao discurso dos professores - é importante os alunos saberem a definição do conceito de Revolução Social; a habilidade de explicar está mais ligada à explicação didática na sala de aula do que à explicação no sentido epistemológico. Estes resultados sinalizam que a formação da habilidade de explicar Revolução Social com base no enfoque Histórico-Cultural, não está expressa nos livros analisados, mas que eles podem servir como importante recurso didático para este fim. O discurso dos professores apresenta um potencial que sinaliza para a possibilidade da organização do processo de ensino e aprendizagem, pautado na formação ou atualização da habilidade de explicar a partir da teoria de formação das ações mentais e dos conceitos de P.Ya. Galperin. Com esse propósito, a pesquisa se constitui numa contribuição para subsidiar a formação continuada de professores de História no Ensino Médio.