Estudo das características clínicas de gestantes com Covid-19 e resposta sorológica de anticorpos IgG e IgA contra peptídeos da proteína Spike do Sars-Cov-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mangabeira, Cleverton da Paz
Orientador(a): Machado, Paula Renata Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50004
Resumo: A pandemia pelo novo coronavírus tem desafiado os sistemas de saúde e a sociedade em todo o mundo. O objetivo do estudo foi descrever o perfil clínico e laboratorial da infecção pelo coronavírus associado a síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) em gestantes hospitalizadas na Maternidade Escola Januário Cicco, Natal, Rio Grande do Norte. Trata-se de estudo prospectivo em que foram incluídas 80 gestantes sintomáticas (mediana de idade: 27 anos) com suspeita de COVID-19 e dezesseis pacientes que haviam tido COVID-19 em momentos anteriores da gestação e não estavam mais sintomáticas no momento da coleta, durante o período de março a dezembro de 2021. A detecção de SARS-CoV-2 foi realizada por RT-PCR em amostras obtidas com swab naso/orofaríngeo e pesquisa de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de IgG e IgA específica para proteína Spike do SARS-CoV-2. Das 80 pacientes sintomáticas, 40 (50%) apresentaram RT-PCR positiva e 40 apresentaram RT-PCR negativa. Foram coletados 69 soros das gestantes sintomáticas para análise da presença de anticorpos, 58% (40/69) apresentaram anticorpos IgG ou IgA anti-SARS-CoV-2, sendo que 30,4% foram IgG e IgA positivos; 11,6% IgG positivo e IgA negativo; 15,9% IgG negativo e IgA positivo; 42% IgG negativo e IgA negativo. Os sintomas mais frequentes entre as pacientes contaminadas foram: tosse (52,5%), coriza (35%), febre (32,5%) e dor de garganta (27,5%). Oito pacientes infectadas necessitaram de ventilação de suporte. A síndrome do desconforto respiratório agudo foi evidenciada em 7,5% (3/40) das pacientes e uma evoluiu para óbito. O tempo de internação médio entre as pacientes contaminadas foi 8,3 dias. Em relação aos recém-nascidos não foram encontradas evidências de transmissão vertical. Esses dados contribuem para melhor entendimento das características e o impacto da infecção por SARSCoV-2 durante a gravidez.