Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, Rayanderson Saraiva de |
Orientador(a): |
Acchar, Wilson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28289
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Resumo: |
Argamassas são misturas homogêneas compostas por agregado miúdo, aglomerante e água, sendo um dos materiais mais consumidos pela indústria da construção civil. Os agregados representam de 60 a 80% do consumo de materiais nas argamassas, além de elevado consumo de água tratada. Nesse sentido, pesquisas vêm sendo desenvolvidas para substituir os materiais constituintes por resíduos que contribuam com as propriedades das argamassas, reduzam o consumo dos bens naturais finitos e apresentem uma destinação para esses produtos. Por sua vez, o Rio Grande do Norte (RN) apresenta elevados índices de comercialização de minerais, como tungstênio que é encontrado no minério de scheelita. No Brasil, os principais depósitos de minério de scheelita estão localizados na Província Scheelitífera do Seridó (RN). O processo de beneficiamento da scheelita produz cerca de 18.000m3 de resíduos/ano (fino e grosso). Por outro lado, o processo de beneficiamento da mandioca (Manihot esculenta Crantz) também produz alguns resíduos, como a manipueira, um líquido de aspecto leitoso com alto teor de ácido cianídrico e elevada demanda bioquímica de oxigênio (DBO) que escorre das raízes da mandioca durante o processo de prensagem para a obtenção de fécula (amido) ou para a produção de farinha. O Brasil é o quarto maior produtor de mandioca (21,08 milhões de toneladas) e estima-se a produção de manipueira na proporção de 3:1, no qual para cada 3 kg de raízes de mandioca prensada, 1 litro de manipueira é gerado. Ambos os resíduos carecem de tecnologia para seu aproveitamento e diminuição dos impactos ambientais, como degradação visual da paisagem, do solo, do relevo, poluição do ar e contaminação do lençol freático. Dessa forma, foram analisadas argamassas de assentamento com substituição do agregado miúdo pela composição do resíduo de scheelita (fino e grosso) e da água de hidratação por manipueira. Foi realizada a caracterização dos resíduos e materiais para sua utilização em argamassa nos traços de 1:3 (cimento: agregado) e 1:1:6 (cimento: cal: agregado), em volume. Em seguida, as argamassas foram analisadas quanto a suas propriedades no estado fresco (consistência, densidade de massa, teor de ar incorporado e retenção de água) e endurecido (resistência à tração, à compressão, absorção por imersão, absorção por capilaridade, densidade aparente e módulo de elasticidade dinâmico), além de análises de MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura). Os resultados demonstraram que o ajuste granulométrico do resíduo da scheelita permitiu o aumento da densidade das argamassas e em conjunto com a manipueira possibilitaram o aumento do desempenho das argamassas, quanto a absorção capilar e plasticidade. A manipueira favoreceu a melhor hidratação do cimento quanto a produção de CSH e CASH, permitindo um material mais denso e com melhores resistências mecânicas. Os melhores resultados foram obtidos para a composição com cimento, resíduo de scheelita e manipueira, demonstrando ser um material promissor para a indústria da construção civil. |