Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vale, Tásia Moura Cardoso do |
Orientador(a): |
Andrade, Lara de Melo Barbosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32920
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Resumo: |
Em cenário de mudanças climáticas, os atuais níveis de produtividade, sob amplas condições ambientais, a produção por área colhida está intrinsecamente ligada a questões de disponibilidade hídrica no solo. A compreensão da influência climática e do balanço hídrico sobre produtividade agrícola pode auxiliar no desempenho de práticas no campo e políticas para reduzir a vulnerabilidade relacionada ao clima. Nesta perspectiva objetivo desta tese é analisar o comportamento da produtividade das culturas: mandioca, milho e feijão face à variabilidade climática e balaço hídrico na Região Nordeste do Brasil (NEB). Desenvolveram-se dois artigos: o primeiro identifica padrões espaço-temporais da precipitação diária, verificando associações com as produtividades das culturas no estado do Rio Grande do Norte, 1980 a 2013; o segundo, analisa o Balanço Hídrico Normal climatológico e sequencial e sua relação com a produtividade das culturas na região NEB, 1990 a 2019. Utilizaram-se dados diários e climáticos disponibilizados por Xavier et al. (2015), no período de 1980 a 2013 e dados do Modern-Era Retrospective Analysis for Research and Applications version 2 (MERRA-2) da Global Modeling and Assimilation Of ice (GMAO) com o apoio do programa de modelagem da National Aeronautics and Space Administration (NASA), para o período de 1990 a 2019. Fez-se uso de vários métodos estatísticos: análise de correlação, teste de tendência Mann Kendall, análise de Cluster, teste de Tukey, Análise Fatorial, entre outros. O primeiro estudo observou de moderada a forte correlações positivas e significativas dos indicadores de precipitação com a produtividade de culturas agrícolas de subsistência, suas tendências, regiões de maior aptidão agrícola e melhores períodos indicados para início do plantio, segundo a climatologia de cada região do estado do Rio Grande do Norte. O segundo estudo avaliou com base na classificação climática Thornthwaite dos Índice de Umidade seis tipologias: Árido (28 municípios); Semiárido (746 municípios); Subúmido Seco (536 municípios); Subúmido Úmido (389 municípios), Úmido B1 (73 municípios) e Úmido B2 (20 municípios). Os resultados apontaram aumento da radiação, temperatura e evapotranspiração principalmente nas regiões mais úmidas do NEB. Verificou-se, também, aumento de deficiência hídrica no trimestre em set-out-nov e, consequentemente, redução no armazenamento em todas as regiões no período de dez-jan-fev. Constatou-se que nas duas regiões mais úmidas, a evapotranspiração e a temperatura correlacionaram-se positivamente com as produtividades de feijão e milho, enquanto que nas menos úmidas o armazenamento e o excedente hídrico tiveram maiores associações positivas com a produtividades agrícolas. Segundo o balanço hídrico climatológico mensal os períodos de maior aptidão hídrica para as regiões foram distintas entre janeiro e abril. Conclui-se portanto, que o entendimento do comportamento das variáveis do balanço hídrico e sua relação com as produtividades agrícolas auxiliam em estratégias para o manejo associados às variações/tendências climáticas, especialmente para fins de planejamento agrícola e hidrológico e para projetos de irrigação para agricultores e gestores locais do NEB. |