Utilização da espectroscopia com análise multivariada na identificação de diferentes DTUs do Trypanosoma cruzi em Triatoma brasiliensis infectados experimentalmente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Jales, Jéssica Teixeira
Orientador(a): Gama, Renata Antonaci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25523
Resumo: A infecção pelo Trypanosoma cruzi é um problema de saúde pública, e é importante que seu diagnóstico seja realizado com rapidez e eficiência. Entretanto, as técnicas aplicadas para esse fim apresentam baixa sensibilidade e especificidade no que concerne a vigilância entomológica e epidemiológica do parasito. Pensando nesta problemática, a bioespectroscopia com análise multivariada foi utilizada neste trabalho para avaliar a eficiência na identificação da infecção experimental de Triatoma brasiliensis por diferentes Unidades de tipagem discreta (DTU) do T. cruzi. Na padronização do modelo de classificação foram utilizadas ninfas de 4° e 5º estádio de T. brasiliensis, infectadas experimentalmente com diferentes DTUs do parasito (TcI, TcII, TcIII ou infecção mista), na concentração de 40.000 parasitos/mL de sangue. Seguidos 15 e 30 dias após infecção (DAI), espectros de infravermelho foram coletados do abdômen de cada inseto; 30 DAI, dejetos intestinais foram coletados e posteriormente utilizados para análise do kDNA. A padronização do modelo de calibração mostrou que a aplicação do infravermelho médio utilizando o Infravermelho médio com transformada de Fourrier com reflexão total atenuada (ATR-FTIR) discriminou os triatomíneos não infectados e infectados com o T. cruzi. Além disso, a técnica foi capaz de distinguir as DTUs utilizadas, e separar os 5 grupos estudados apenas com a análise exploratória de dados por meio da aplicação da Análise dos componentes principais (PCA), a qual identificou diferencialmente grupamentos proteicos, ácidos nucleicos e em menor proporção, lipídeos. A análise do kDNA confirmou 92,5% das infecções, enquanto o ATR-FTIR identificou corretamente todas as amostras. Desta forma, a bioespectroscopia foi eficiente, simples e acurada na identificação da infecção de T. brasiliensis por T. cruzi, podendo ser utilizado como ferramenta de diagnóstico futura, auxiliando na vigilância entomológica da infecção por este parasita.