Residência em Clínica Médica no Seridó Potiguar: a percepção dos profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Villar, Rhanniel Theodorus Helhyas Oliveira Shilva Gomes
Orientador(a): Oliveira, Ana Luiza de Oliveira e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO, TRABALHO E INOVAÇÃO EM MEDICINA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31848
Resumo: Introdução: Por meio da interiorização dos cursos de medicina no Brasil, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte criou, em 2014, a Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM/UFRN). Fruto do Programa Mais Médicos (PMM), busca, além de uma formação médica socialmente comprometida, promover a fixação deste profissional na região do Seridó. Assim, além do curso de graduação em medicina, foi instalado em 2017 o quinto programa de pós-graduação, o Programa de Residência em Clínica Médica (PRCM), que tem como principal cenário de prática o Hospital Regional do Seridó (HRS). Neste cenário é importante compreender como foi o movimento inicial de implementação a partir da experiência dos residentes da primeira turma do programa e dos profissionais de saúde preceptores do HRS. Objetivo: Compreender a percepção dos preceptores-trabalhadores e do pesquisador-residente quanto a influência do Programa de Residência em Clínica Médica da EMCM/UFRN no HRS. Métodos: trata-se de estudo qualitativo, de caráter exploratório descritivo. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas com os profissionais de saúde do HRS e do diário de campo do pesquisador-residente. A partir da análise temática dos dados foram criadas três categorias, a saber: i) Fortalezas e Desafios: cambiando percursos; ii) Rotinas hospitalares: transformações possíveis; iii) Relação entre preceptores e residentes: o poder médico em questão. Resultados: Na percepção dos trabalhadores-preceptores houve benefício em relação a assistência em saúde da população da região após a implantação do PRCM, mas ainda são necessárias melhorias em relação ao currículo, à grade curricular, preceptoria e nas relações interprofissionais. O processo de trabalho no HRS teve tensionamentos positivos com a presença de residentes tornando possível algumas mudanças institucionais. Ainda que seja um programa de residência médica que busca integração ensino-serviço é notória a hierarquia de poder existente no HRS entre os profissionais médicos e diferentes categorias profissionais. Conclusão: Identificamos a necessidade de ajustes no PRCM que poderão ser feitos após uma avaliação mais detalhada do programa para que exista, além do fortalecimento do programa, um tensionamento que considere a cultura médica com assimetria de poderes no HRS.