Comportamentos de movimento e mobilidade no espaço de vida e suas associações com características da moradia durante a pandemia da COVID-19 em idosos com hipertensão: um estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Browne, Rodrigo Alberto Vieira
Orientador(a): Costa, Eduardo Caldas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45978
Resumo: O objetivo desta tese foi investigar os comportamentos de movimento e a mobilidade no espaço de vida e suas associações com características da moradia durante diferentes momentos da pandemia da doença por coronavírus (COVID-19) em idosos com hipertensão. Neste estudo longitudinal exploratório, foram incluídos 35 participantes. As avaliações ocorreram em três momentos ao longo de 18 meses: i) antes do primeiro caso de COVID-19 em Natal-RN (janeiro‒março, 2020); ii) durante a política de distanciamento social e sem vacinação (junho, 2020); iii) ~2 meses após a vacinação (julho, 2021). A atividade física (AF) e o comportamento sedentário (CS) foram mensurados por acelerômetro. A mobilidade no espaço de vida foi avaliada pelo Questionário de Avaliação do Espaço de Vida. As seguintes características da moradia foram avaliadas: tipo de moradia, área de superfície da moradia e tamanho do agregado familiar. O modelo linear generalizado misto foi usado para as análises, ajustando para idade, sexo, educação, renda, status de trabalho e/ou tempo de uso do acelerômetro. Durante a política de distanciamento social sem vacinação, houve redução nos passos/dia (β = –886, p = 0,018), na AF moderada a vigorosa (β = –0,4 %, p = 0,001) e na AF leve (β = –3,7 %, p = 0,004), além de aumento no CS (β = 4,1 %, p = 0,001) em relação ao período anterior à pandemia. A magnitude das mudanças foi maior no fim de semana, principalmente nos passos/dia (β = – 1.739, p < 0,001) e no padrão de CS (mais tempo em períodos prolongados e menos interrupções). Os idosos que moravam em apartamento e casa geminada apresentaram maior redução na AF e maior aumento no CS em comparação com aqueles que moravam em casa independente (p < 0,05). Após a vacinação, os idosos que moravam em apartamento e casa geminada apresentaram aumento da mobilidade no espaço de vida e AF leve, além de redução no CS em relação ao período da política de distanciamento social (p < 0,05). Em conclusão, os comportamentos de movimento e a mobilidade no espaço de vida de idosos com hipertensão parecem se modificar ao longo da pandemia da COVID-19, principalmente naqueles que moram em espaços reduzidos. Enquanto a política de distanciamento social sem vacinação se associa com redução da AF e aumento do CS, a imunização se associa com aumento da mobilidade no espaço de vida e AF, além de redução do CS.