Imagens em claro/escuro: o cenário do estágio não obrigatório na formação inicial de graduandas dos Cursos de Pedagogia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Leide Dayana Pereira de Freitas
Orientador(a): Momo, Mariangela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22587
Resumo: O objeto de estudo desta dissertação, trata acerca da formação inicial docente de graduandas dos cursos de Pedagogia enquanto estagiárias, no contexto do estágio não obrigatório em uma instituição de Educação Infantil pública, no município de Parnamirim, no estado do Rio Grande do Norte. As motivações que justificam esta pesquisa partem da minha experiência formativa inicial enquanto estagiária no contexto do estágio não obrigatório; da vivência atual como professora da educação infantil que recebe estagiárias dos cursos de Pedagogia na modalidade do estágio não obrigatório e da verificação quanto à escassez, na área da educação, de pesquisas sobre o objeto em questão. Ante ao exposto, defini como objetivo investigar de que maneira o estágio não obrigatório contribui no percurso formativo inicial docente de graduandas dos cursos de Pedagogia, que atuam na etapa da Educação Infantil. Destaco que a dissertação é tecida através da metáfora da pintura. Como referencial oriento-me nas ideias de Freire (1996, 2015), Ramalho, Núñez e Gauthier (2004) e Imbernón (2009), dentre demais estudiosos, para examinar as questões sobre formação; nos escritos de Pimenta (2012; 2014) e Zabalza (2014) acerca do estágio e ao que Oliveira-Formosinho e Kishimoto (2002), Oliveira (2010) e Kramer (2011) e distintos estudiosos abordam sobre a docência na Educação Infantil. Elegi os seguintes documentos para consulta e análise: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Pedagogia (BRASIL, 2006), a Lei nº 11.788 (BRASIL, 2008) ou Lei do Estágio no Brasil (como é comumente chamada) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada (BRASIL, 2015). Com base na abordagem qualitativa, inspirada na etnografia e sustentada pela metodologia da Entrevista Compreensiva (Kaufmann, 2013), optei por uma pesquisa que adentrasse a realidade investigada, a qual se deu em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), no município de Parnamirim/RN, tendo como interlocutoras da pesquisa quatro estagiárias. Os procedimentos que utilizei forama observação no lócus; a aplicação de questionários, construção de Diário de campo e a realização de entrevistas. Tais procedimentos ocorreram no ano de 2015, mais especificamente, no decorrer do segundo semestre. Algumas das imagens em claro/escuro, a partir dos dados construídos, dizem respeito à relação complexa entre o agir e o observar na prática das estagiárias; ao papel social ocupado pelas estagiárias da modalidade do estágio não obrigatório; as relações de poder existentes entre as estagiárias e as professoras, bem como com os demais atores da escola; as diferenças que demarcam o estágio curricular e o estágio não obrigatório e a ausência de uma coordenação ou orientação por parte das instituições de ensino no estágio não obrigatório. Ainda, nos discursos apreendidos durante as entrevistas percebi que para as estagiárias existe uma visão, em face dos elementos que compõem o ser professora na Educação Infantil, os quais ultrapassam os conhecimentos acadêmicos e que contemplam de maneira significativa as suas experiências de vida.