Desenho de deficiência visual: uma experiência no ensino de artes visuais na perspectiva da educação inclusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira Neto, Rivaldo Bevenuto de
Orientador(a): Alves, Jefferson Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19844
Resumo: O ensino de Arte em interface com as deficiências, ao longo dos últimos 30 anos, tem sido um tema de interesse crescente em pesquisas no meio acadêmico, sobretudo no que se refere à Educação Especial, porém ainda apresenta certa escassez no tocante a socialização de estudos que discutam esse ensino na perspectiva da educação inclusiva. Diante desse cenário o objeto de estudo desta investigação é a abordagem inclusiva do desenho no contexto escolar, apresentando como objetivo geral a construção de uma proposta de intervenção pedagógica em Artes Visuais, a qual teve como referência o desenho e seu processo de construção, mediante a participação de alunos videntes e não videntes. Para tanto, a abordagem metodológica utilizada, de natureza qualitativa, foi a pesquisa-intervenção, a luz dos princípios bakhtinianos do dialogismo e da alteridade, com características de estudo exploratório. O lócus da pesquisa foi a Escola Estadual Almirante Newton Braga de Faria, a qual está localizada no bairro do Alecrim na Zona Leste do Natal/RN e mantém proximidade com o Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos – IERC/RN. A turma escolhida para a intervenção foi o 7º ano C do turno vespertino, a qual apresentava um público com idade entre 12 e 16 anos, num total de 27 alunos matriculados, sendo três alunos com deficiência: 02 alunas cegas e 01 aluno surdocego com perdas auditivas e visuais leves. Como interlocutores da pesquisa também se pode contar com a professora de Arte que atuou como colaboradora, bem como o professor da Sala de Recursos Multifuncionais da instituição de ensino. Os instrumentos e procedimentos de pesquisa foram a observação, a entrevista semiestruturada, o diário de campo e o registro fotográfico/videográfico. No itinerário da pesquisa foram realizadas 10 oficinas com sequências didáticas multissensoriais, articulando as expressões corporal, tátil e gráfica como intrínsecas ao processo de leitura e produção do desenho de alunos videntes e com deficiência visual. O processo e os dados construídos na pesquisa permitiram uma reflexão sobre as experiências culturais com o desenho no contexto escolar e sobre as interações entre videntes e não videntes na produção e análise de desenhos tátilvisuais. Assinalam, ainda, a construção de uma abordagem de ensino de desenho no contexto da classe comum, a partir de oficinas pedagógicas que possibilitem interações artísticas e estéticas na perspectiva da inclusão escolar. Desse modo, defende-se que a mobilização das expressões tátil, corporal e gráfica, podem ser adotadas em uma abordagem multissensorial que possibilite um enfoque pedagógico que envolva todos os alunos e não se restrinja à presença de alunos com deficiência visual.