Vidas negras importam: estudos sobre o comportamento pró-social de crianças pardas e pretas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Medeiros, Mayara Wenice Alves de
Orientador(a): Yamamoto, Maria Emilia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31959
Resumo: A pró-socialidade é vista por alguns teóricos evolucionistas como a chave para entender o sucesso da humanidade, estando presente desde os primeiros meses de desenvolvimento de uma criança. Esta tese objetiva investigar o efeito da exclusão sofrida por pardos e pretos e do grupo de pertencimento sobre os comportamentos prósociais em crianças brasileiras. Para isso, fez uso de medidas implícitas e explícitas. O primeiro capítulo apresenta uma introdução geral. O segundo capítulo traz uma revisão teórica sobre as teorias evolucionistas que abordam o comportamento pró-social, com foco na Teoria da Evolução Cultural. O terceiro capítulo é composto por uma revisão sistemática de estudos que investigam os efeitos do priming sobre os comportamentos pró-sociais de crianças. O quarto capítulo é composto por três estudos empíricos que avaliam: (1) a associação entre a partilha e a identificação da criança como branca, parda ou preta; (2) o efeito da cor da pele em um priming pró-social; e (3) a escolha por brancos ou pretos como amigos. Encontramos uma associação entre a identificação das crianças como branca, parda ou preta e a partilha; um aumento da partilha na condição com priming pró-social, independentemente da cor da pele da criança; e a preferência por um personagem branco como amigo. O quinto capítulo relata a construção e validação do Teste de Associação Implícita para avaliação da Pró-socialidade em Crianças (TAI-PSC). O teste apresentou boa consistência interna e uma validação satisfatória dos itens. O sexto capítulo é formado por dois estudos, nos quais participaram crianças que residem na zona urbana, zona rural e em comunidades quilombolas. Os resultados demonstraram maior partilha entre as crianças da zona urbana, porém maior preferência implícita pró-social entre as crianças das comunidades quilombolas. Por fim, o sétimo capítulo apresenta as conclusões gerais da tese de forma resumida. Tomados juntos, nossos estudos sugerem que o ostracismo, a exclusão pela cor da pele e o grupo de pertencimento são fatores que influenciam no comportamento pró-social de crianças, de forma explícita e implícita.