Adaptação e validação da lista de verificação do parto seguro da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o contexto brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carvalho, Isis Cristiane Bezerra de Melo
Orientador(a): Gama, Zenewton André da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21752
Resumo: A mortalidade materno-infantil ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil, apesar do amplo acesso a partos institucionalizados. A Organização Mundial da Saúde desenvolveu o Safe Childbirth Checklist, uma tecnologia potencialmente útil para melhorar a qualidade da assistência durante o parto e favorecer melhores resultados em saúde. O objetivo deste trabalho é adaptar culturalmente e validar a Lista de Verificação para o Parto Seguro da OMS para os hospitais brasileiros, pois a simples tradução entra em choque com práticas clínicas nacionais consolidadas. Após tradução para o português do Brasil, houve três etapas de adaptação e validação: 1- grupo nominal com painel de especialistas, sendo três enfermeiras obstetras e seis médicas (três obstetras e três pediatras), que se realizou de forma presencial (duas primeiras votações) e finalizou a distância (votação final); 2- Conferência de Consenso em dois Hospitais Universitários, em reuniões ampliadas para todos os profissionais que utilizariam a lista; e 3- questionário estruturado aos profissionais de saúde (n=40) após estudo piloto de 30 dias utilizando a lista. Os critérios da validação foram a validade de face e conteúdo da lista, adequação aos protocolos nacionais, terminologia e viabilidade no contexto local. Na primeira etapa, todos os 29 itens foram aprovados após 3 rodadas e algumas adaptações nacionais (ex. teste rápido para HIV em vez de CD4). Na segunda etapa, ocorreu acréscimo de 24 itens e modificações em itens iniciais. Na terceira etapa, ocorreu a exclusão de 3 itens não viáveis, 2 itens sofreram junção e 1 item foi acrescentado devido a sua importância clínica no contexto brasileiro. O processo de validação possibilitou a disponibilização de uma Lista de Verificação para o Parto Seguro de 49 itens potencialmente útil para o contexto brasileiro, apresentando indícios de validade e viabilidade para o contexto nacional que devem ser confirmados em estudos futuros com foco na efetividade ou validade de critério.