Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Lavinia Mabel Viana |
Orientador(a): |
Amorim, Karla Patricia Cardoso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31406
|
Resumo: |
Os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) foram criados com objetivo de fortalecer, integrar e ampliar as atividades desenvolvidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo uma retaguarda especializada de atuação norteada pelo Apoio Matricial. No cotidiano de trabalho, existem alguns entraves para que o NASF-AB seja efetivo diante das situações de saúde dos territórios que apoiam. Dessa forma, o objetivo desse estudo é analisar o processo de trabalho do NASF-AB de uma capital nordestina, a partir da percepção de seus profissionais. Trata-se de um Estudo de Caso de abordagem qualitativa, realizado com 11 profissionais. Utilizou-se, para a coleta de dados, a Entrevista Semiestruturada e Observação de Campo. O tratamento dos dados se deu por meio da Análise de Conteúdo, categorizando os achados por meio da modalidade de Análise Temática. Todos os participantes eram concursados, estão distribuídos em três equipes NASF-AB, sendo a maioria do sexo feminino (n=9), com uma média de idade de 56 anos. As categorias profissionais que foram entrevistadas contemplam Fisioterapeutas, Profissionais de Educação Física, Nutricionistas, Psicólogas e Assistentes Sociais. Da análise do material empírico, emergiram cinco categorias temáticas: O agente de trabalho do NASF-AB; as relações de trabalho e suas implicações nas práticas de saúde; os entraves para a incorporação dos meios de trabalho do NASF-AB; apresentando o cenário de trabalho dos profissionais do NASF-AB; e os caminhos percorridos, o futuro e as incertezas. Segundo os dados obtidos, não houve uma formação em saúde que instrumentalizasse os profissionais para o SUS, o trabalho junto às equipes apoiadas se desenvolve de maneira distante, com ações isoladas, e as relações de trabalho com a gestão são marcadas por falta de diálogo e pressão por produtivismo. Referente ao Apoio Matricial, os profissionais reconhecem seus aspectos conceituais, mas ainda existe a reprodução da lógica do encaminhamento e uma defesa pelas atividades de cunho assistencial. As ferramentas de trabalho também são reconhecidas, mas subutilizadas nas conduções dos casos. Já nos grupos conduzidos pelo NASF-AB, embora não apresentassem metodologia definida, percebeu-se esforços para a incorporação de práticas pautadas na Educação Popular em Saúde. O cenário de trabalho tem algumas limitações, como a precariedade das Redes de Atenção à Saúde e falta de insumos e materiais para o desenvolvimento de atividades. Mesmo assim, fica evidente que a oferta dos serviços do NASF-AB ampliou o escopo das ações da ESF e os profissionais atentam que não é possível discutir resolutividade do serviço sem citar pontos que interferem no trabalho desenvolvido. Diante da nova PNAB, alguns profissionais se sentem confortáveis para priorizar os atendimentos individuais e outros reconhecem a ameaça de perder a função matricial dos Núcleos. O NASF-AB enfrenta, ainda, muitas dificuldades para se estabelecer como resolutivo e essencial para a APS no Brasil. Demonstra-se necessária a importância de se revisar os documentos norteadores do trabalho para que sua atuação seja potencializada, redirecionando as práticas para a defesa do Apoio Matricial como norteador desse trabalho, com vistas a fortalecer a permanência do NASF-AB junto à Saúde da Família do Brasil. |