Tubetes biodegradáveis a base de cera de abelha e resíduos da castanha-de-caju

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Paula, Yara Lemos de
Orientador(a): Melo, Rafael Rodolfo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46921
Resumo: A produção de mudas é comumente realizada em tubetes de polipropileno, matéria-prima proveniente do petróleo. Além de serem derivados de recurso natural não-renovável, possuem um ciclo de vida longo e causam um relevante impacto ambiental. Os resíduos florestais e agroindustriais, que também se aplicam a este uso, são materiais renováveis, de fácil obtenção e biodegradáveis. Sabendo disso, este estudo teve como objetivo avaliar a viabilidade da utilização de resíduos da cajucultura associados à cera de abelha para a manufatura de tubetes biodegradáveis. Os recipientes foram manufaturados com diferentes proporções de cera de abelha e do resíduo proveniente do beneficiamento da castanha-de-caju (casca da castanha após a torra). As matérias-primas e os tubetes foram avaliadas de acordo com as normas ABNT, ASTM e TAPPI. Foram avaliadas as propriedades físico-mecânicas dos compósitos utilizados para produção dos tubetes. Os tubetes biodegradáveis foram utilizados para o plantio de mudas de Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.), e avaliados quanto ao desenvolvimento e qualidade de mudas produzidas. As matérias-primas escolhidas mostraram-se adequadas para a manufatura dos tubetes. A cera de abelha apresentou uma temperatura de fusão a 60°C. Já para a casca da castanha-de-caju foi observada composição química rica em NPK, o que pode ser favorável ao desenvolvimento inicial das mudas. Os tubetes biodegradáveis apresentaram indicadores de qualidade de mudas semelhantes aos convencionais, porém, com baixa resistência mecânica. Conclui-se que é possível desenvolver tubetes biodegradáveis por meio das matérias-primas sugeridas. O material, em viveiro, foi resistente às exposições ao sol, condições de temperatura ambiente e rega diária, sem a deformação da sua estrutura, oferecendo condições adequadas à produção de mudas, semelhantes ao tubetes de polipropileno.