Prevalência de patógenos e de microrganismos indicadores em leite informal e processado comercializados no Recôncavo da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Monique Lima dos
Orientador(a): Barros, Ludmilla Santana Soares e
Banca de defesa: Rodrigues, Tatiana Pacheco, Gonçalves, Geogenes da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1084
Resumo: CAPÍTULO 1 = O presente estudo verificou a presença de microrganismos indicadores de contaminação, assim como a prevalência de Escherichia coli O157:H7, Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em amostras de leite bovino cru, de venda informal, e leite Ultra High Temperature (UHT), comercializados em cinco cidades do Recôncavo da Bahia. Para realização do estudo, foram analisadas 20 amostras de leite cru e 35 amostras de leite UHT, totalizando 55 amostras. A contagem total de microrganismos psicrotróficos, mesófilos e termófilos foi realizada pelo método de plaqueamento em profundidade (Pour plate) em meio PCA (Agar Padrão de Contagem). Para a quantificação dos coliformes totais e E.coli foi utilizado o meio de cultura Agar base Hicrome™ seletivo ECC. Para identificação de E. coli O157:H7 foi utilizado o método rápido de rastreio imunológico Singlepath®- E. coli O157. A população de S. aureus foi obtida pelo método rápido PetrifilmTM e a identificação de L. monocytogenes foi realizada por meio do método rápido imunocromatográfico Singlepath L'mono®. A partir das análises realizadas no leite in natura, foi evidenciada que as populações de microrganismos mesófilos variaram de <1 a 9,0 log UFC∕ mL e sua presença foi confirmada em 80,95 % das amostras, das quais 76,47 % estavam acima do valor permitido pela legislação de 5,87 log UFC∕ mL (BRASIL, 2011). Os microrganimos psicrotróficos encontraram-se em 85,7 % das amostras, com populações de <1 a 9,0 log UFC∕ mL e os microrganismos termófilos estavam presentes em 14,28 % apresentando variação nas populações de <1 a 6,0 log UFC∕ mL nos municípios avaliados. Houve presença de coliformes totais em 100% das amostras e de 66,6% de E.coli com populações que variaram de <1 a 9,0 log UFC∕ mL e <1 a 8,0 log UFC∕ mL respectivamente. Quanto aos resultados das análises realizadas no leite UHT, as populações dos microrganismos mesófilos variaram de <1 a 1,68 log UFC∕ mL e estavam presentes em 14,28% das amostras, das quais nenhuma ultrapassou o valor permitido pela legislação de 2 log UFC∕ mL (BRASIL, 1997). Quanto aos microrganismos termófilos e psicrotróficos, estes se encontram <1 log UFC∕ mL. Os coliformes totais estavam presentes em 14,28 % e E.coli em 7,14 % das amostras, com populações que variaram de 0,85 a 2,93 e 0,99 a 1,64 log UFC∕ mL respectivamente. Por meio da analise microbiológica do leite in natura, foi evidenciada a presença de Staphylococcus aureus em 76,19 % das amostras avaliadas, com variação da população de <1 a 9,0 log UFC∕ mL. No leite UHT as amostras analisadas apresentaram valores inferiores a <1 log UFC∕ mL. Quanto a presença de E.coli O157:H7 em amostras de leite in natura e UHT foi constada a presença em 6,12 % e 2,04 %, respectivamente. Quanto a analise de Listeria monocytogenes, o resultado de todas as amostras de leite estudadas foram negativos. Dessa forma, esses resultados salientam a importância da proibição da comercialização do leite in natura pelos órgãos competentes, assim como no acompanhamento das etapas de produção do leite UHT, ressaltando a necessidade da utilização das boas práticas de higiene durante o seu beneficiamento até sua comercialização, visando à produção segura do alimento. CAPÍTULO 2 = O presente estudo objetivou avaliar a qualidade sanitária e a presença de patógenos de amostras de leite bovino informal e processado. No período de maio a julho de 2015 foram analisadas 55 amostras adquiridas em cinco municípios localizados no Recôncavo da Bahia. A contagem de microrganismos psicrotróficos, mesófilos e termófilos foi realizada pelo método de plaqueamento em profundidade em meio ágar padrão de contagem e para a quantificação dos coliformes totais e E.coli foi utilizado o meio Hicrome™ seletivo ECC. A identificação da espécie Escherichia coli O157:H7 foi realizada utilizando o método rápido Singlepath®- E. coli O157. A população de Staphylococcus aureus foi estimada utilizando placas Petrifilm™ e a identificação da presença de Listeria monocytogenes por meio do kit Singlepath L'mono®. Foi evidenciada que houve maior contaminação e presença de patógenos no leite cru informal quando comparado ao leite processado. No entanto observou-se a presença de coliformes totais em 14,28 %, Escherichia coli em 7,14 % e Escherichia coli O157:H7 2,04% no leite processado. Sendo assim, salienta-se a importância dos órgãos competentes na fiscalização contra a comercialização informal do leite informal, assim como no acompanhamento das etapas de produção do leite processado até sua comercialização.