Avaliação microbiológica de abscessos hepáticos de bovinos abatidos em um abatedouro frigorífico localizado na Região do Semiárido Nordeste II da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Bianca Pimentel lattes
Orientador(a): Cerqueira, Robson Bahia
Banca de defesa: Oliveira, Lilian Porto de, Barros, Ludmilla Santana Soares e
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Defesa Agropecuária
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1042
Resumo: O fígado bovino é uma das vísceras que se destaca por ser um excelente alimento. Na rotina de inspeção é comumente condenado, tendo em vista que suas funções metabólicas o torna susceptível a diversos tipos de lesões. Os abscessos hepáticos são considerados o maior problema econômico, tanto para produtores como para a indústria frigorifica. Assim, objetivou-se realizar avaliação microbiológica de abscessos hepáticos de bovinos abatidos em um abatedouro frigorífico na região do Semiárido Nordeste II da Bahia. Foram coletadas 109 amostras de abscessos hepáticos de bovinos em um abatedouro frigorífico, com Serviço de Inspeção Estadual (SIE), localizado na cidade de Ribeira do Pombal. Foi realizada avaliação microbiológica, de todas as amostras, por meio de isolamento e identificação, sendo cultivadas em caldo de enriquecimento BHI (Brain Heart Infusion), depois em meios de cultura específicos e posteriormente foram realizadas provas bioquímicas para identificação dos micro-organismos. As bactérias foram identificadas e catalogadas. Para obtenção dos resultados foi realizada análise descritiva pelas frequências absolutas e percentuais. Do total de 5.593 bovinos abatidos, 109 fígados foram condenados por abscesso, indicando o percentual de 1,94%. Das 109 amostras coletadas, 11 não obtiveram a causa determinada, pois não houve desenvolvimento bacteriano. No entanto, 98 amostras obtiveram crescimento bacteriano. Dessas, 31 foram classificadas como Gram-positivas e 67 como Gram-negativas. Bactérias Gram-positivas foram identificadas como Staphylococcus spp. (35,48%), Streptocococcus spp., Enterococcus spp. (16,12%), Microccoccus spp. (6,45%) e Peptostreptococcus spp. (6,45%). As bactérias Gram-negativas foram identificadas como Enterobacter spp. (35,82%), Proteus spp. (17,91%), Klebsiella spp. (13,43%), Escherichia coli (13,43%), Serratia spp. (7,46%), Providencia spp. (5,97%) e Pasteurella sp. (5,97%). Logo, pôde-se concluir que há uma variedade de bactérias que causam abscessos hepáticos em bovinos, e que a maioria delas podem provocar infecções em humanos trazendo prejuízos para a saúde. Assim, a inspeção de fígados deve continuar rigorosa condenando casos desta patologia.