Isolamento de Escherichia coli em amostras de fígado, pulmão e intestino de frangos condenados com septicemia, em um matadouro frigorífico sob regime de inspeção estadual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pereira, Rafael Mendes
Orientador(a): Cavalcante, Ana Karina da Silva
Banca de defesa: Silva, Mauricio Costa Alves da, Cruz, Anete Lira da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Defesa Agropecuária
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1040
Resumo: A contínua intensificação da produção no setor avícola propicia condições favoráveis à ocorrência e à disseminação de alguns patógenos, como a Escherichia coli (E. coli), responsável pela colibacilose aviária. Esta doença pode provocar septicemia, celulite, doença respiratória crônica, entre outras, resultando em grandes perdas econômicas devido mortalidade, morbidade e suas consequências na cadeia produtiva. Este trabalho teve como objetivo isolar E. coli de fígados, pulmões e intestinos provenientes de frangos condenados por septicemia em um matadouro de aves sob regime de inspeção estadual na Bahia, além de avaliar o perfil de resistência antimicrobiana de cepas de E. coli isoladas. Em 09 dias, 243 mil aves foram abatidas; destas, 52 foram condenadas por septicemia, cujos fígados, pulmões e intestinos foram coletados e encaminhados para análise, totalizando 156 amostras. Utilizou-se cultivo direto das amostras em meios de cultura seletivos e perfil bioquímico para identificação. Foi observado crescimento bacteriano em todas as amostras de vísceras analisadas, sendo E. coli isolada em 86,5% das carcaças (45/52). Do total de 156 amostras analisadas, 58,3% mostraram-se positivas para E. coli, sendo o microrganismo encontrado em 57,7%; 55,8% e 61,5% das amostras de fígado, pulmão e intestino analisadas, respectivamente. Foram isoladas 09 estirpes de E. coli, as quais foram submetidas ao teste de suscetibilidade a seis antibióticos utilizados na prática veterinária. Nenhuma das estirpes foi sensível a todos os antimicrobianos testados, porém constatou-se um grande número de amostras multirresistentes. A eritromicina foi o antimicrobiano que apresentou maior resistência bacteriana (77,8%), seguido da tetraciclina e da sulfonamida (55,6%). Os outros antimicrobianos testados (ampicilina, cefalexina e sulfametoxazol-trimetropim) apresentaram atividade antibacteriana moderada (44,4%). As elevadas taxas de resistência e multirresistência da E. coli, aos antibióticos testados no presente estudo evidenciam a necessidade do uso correto desses fármacos, em criações de aves comerciais, a fim de evitar maiores transtornos no controle e combate à colibacilose e outras enfermidades causadas por bactérias.