Comportamento de cultivares de bananeira (Musa spp) resistentes a doenças no processo de micropropagação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: OUIVEIRA, Hérica Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Resumo: A bananeira é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo amplamente consumida no Brasil, porém doenças como as Sigatokas negra e amarela vem reduzindo a sua produção, principalmente por falta de uma adequada tecnologia de produção. A cultura de tecidos, especificamente a micropropagação, é uma alternativa para a produção de mudas de bananeira com qualidade fitossanitária e vegetativa, mas apresenta fatores que dificultam sua aplicação. Dentre os quais, destaca-se a contaminação, por fungos e bactérias, associada à oxidação dos explantes pela exsudação de compostos fenólicos que provocam o rápido escurecimento e morte de ápices caulinares, resultando em grande perda na fase inicial de estabelecimento dos explantes. O objetivo desse trabalho foi adaptar e/ou otimizar o comportamento de diferentes cultivares de bananeira, resistentes a doenças, via micropropagação, ajustando as fases de estabelecimento da cultura in vitro, por meio do controle de oxidação e contaminação, proliferação/multiplicação de brotos e enraizamento, para a multiplicação rápida de plantas com qualidade superior, tanto no aspecto fitossanitário quanto vegetativo. As cultivares Bucaneiro (AAAA), Caipira (AAA), Fhia 18 (AAAB), BRS Garantida (AAAB), Japira (AAAB), Pacovan Ken (AAAB), PA 4244 (AAAB), Preciosa (AAAB), PV 03-76 (AAAB), Thap Maeo (AAB) e Tropical (AAAB) provenientes do município de Baião do estado do Pará e Caipira (AAA), BRS Caprichosa (AAAB), Pacovan Ken (AAAB), Preciosa (AAAB), PV 03-76 (AAAB), Thap Maeo (AAB), provenientes do município de Belém do Estado do Pará foram submetidas às diferentes fases do processo de micropropagação. No estudo foram utilizados o antibiótico sulfato de estreptomicina e um fungicida visando reduzir a contaminação in vitro provocada por bactérias e fungos, além do anti-oxidante PVP (polivinilpirrolidona) para controlar a oxidação. Houve redução da contaminação com uso do sulfato de estreptomicina à concentração de 100 mg.L'1 e da oxidação com PVP a 4 g.L'1. Na fase de proliferação/multiplicação de brotos, as diferentes cultivares apresentaram médias que variaram de 1,67 a 7,0 brotos/explante, com maior proliferação no cultivo inicial (2,0 a 7,0 brotos/explante). A cultivar caipira (AAA) destacou-se das demais com a maior taxa de multiplicação de brotos após os três subcultivos, média de 65 brotos por rizoma inicial, principalmente a partir dos rizomas provenientes de Baião. O meio de cultura com metade da concentração dos sais de MS foi eficiente no enraizamento de brotos tanto para a cultivar PV 03-76 quanto para a cultivar Pacovan Ken.