Distribuição espacial da leprose dos citros e seu vetor em dois sistemas de cultivo na Amazônia Oriental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Fábio Júnior de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/handle/123456789/278
Resumo: O Brasil é o maior produtor mundial de laranja (Citrus sinensis L. Osbeck), com uma produção na safra 2014/2015 de aproximadamente 16,7 milhões de toneladas e com expectativa de diminuição de produção para 14,3 milhões de toneladas para a safra 2015/2016. A produção da laranja seria ainda maior se não fosse os danos causados pela leprose dos citros (Citrus Leprosis Virus – CiLV), transmitida pelos ácaros da leprose dos citros, do gênero Brevipalpus spp., que são encontrados em todas as regiões no mundo produtoras de citros. A leprose dos citros é considerada uma das mais importantes viroses dos pomares citrícolas no Brasil devido aos efeitos significativos na redução da produção e no período de vida das plantas, causado por lesões e queda prematura dos frutos e folhas, podendo ainda ocasionar morte de ramos e brotações. Dessa forma, trabalhos que visem ao manejo adequado do vetor do vírus, tornam-se cada vez mais necessários para que sejam reduzidos os custos de produção e se aumente a qualidade dos frutos e longevidade das plantas. Neste trabalho, foram realizados estudos em uma área de monocultivo de citros e em outra área com sistema de cultivo em consórcio de citros com teca, no pólo citrícola do estado do Pará, com objetivo de se estudar a distribuição espacial da leprose dos citros associada ao seu vetor e fatores abióticos na Amazônia brasileira, por meio da geoestatística, e também estudar a distribuição espacial por meio de índices de dispersão (índice de Morisita (Iδ), coeficiente de Green (Cx), expoente k da distribuição binomial negativa, lei da potência de Taylor e estimativa do expoente k comum) para elaborar um plano de amostragem sequencial para o ácaro da leprose dos citros em condição local, afim de otimizar o método de amostragem. Verificou-se que os métodos estudados, a leprose dos citros e seu vetor, apresentaram distribuição espacial agregada nos dois sistemas de cultivo de citros avaliados. Com a utilização da geoestatística, verificou-se que a dependência espacial do ácaro da leprose dos citros variou de 15 a 80 metros em sistema de monocultivo e de 28 a 44 metros em sistema consorciado com teca, enquanto que para leprose dos citros a dependência espacial foi de 25 a 75 metros em monocultivo e 20 a 40 metros em sistema consorciado. Para o plano de amostragem sequencial conclui-se que o modelo de distribuição espacial que melhor representou os dados foi o da Distribuição Binomial Negativa e, para o número de ácaros por planta, o número máximo esperado de unidades amostrais para tomada de decisão é de 21 unidades amostrais, enquanto que para o número de ácaros em seis ramos esse valor é de 28 unidades amostrais.