Resposta inicial de uma floresta natural de terra firme na Amazônia Oriental brasileira após exploração de impacto reduzido e tratamentos silviculturais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: SOUZA, Deivison Venicio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA / Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2493
Resumo: Avaliou-se os efeitos de tratamentos silviculturais sobre o crescimento de uma floresta natural de terra firme explorada usando técnicas de impacto reduzido. O estudo foi conduzido na Área de Manejo Florestal (AMF) na Fazenda Rio Capim, pertencente à empresa Cikel Brasil Verde Madeiras Ltda., localizada no município de Paragominas, Estado do Pará. O experimento foi implantado no ano de 2005 após Exploração de Impacto Reduzido (EIR) realizada em 2004. Foram selecionadas Unidades de Trabalho (UT), que foram divididas em quatro parcelas quadradas de 25 hectares, constituindo as repetições dos tratamentos experimentais. A área experimental correspondeu a 500 hectares, onde foram estabelecidos cinco tratamentos (100 hectares cada) com quatro repetições. O delineamento estatístico utilizado foi inteiramente casualizado. Foram testados os seguintes tratamentos: T1: desbaste de liberação clássico e corte de cipós; T2: desbaste de liberação modificado e corte de cipós; T3: somente corte de cipós; T4: somente exploração; TS: floresta não-explorada. Determinou-se o crescimento das árvores por meio do IPAdap (incremento periódico anual em DAP), em quatro períodos: 2005-2006; 2006-2007; 2007-2009 e 2005-2009. Protium subserratum foi a espécie com maior taxa de crescimento em diâmetro, em todo o período de acompanhamento, variando de 0,46 cm ano-¹ (T5) a 0,69 cm ano-¹ (T3). Pouteria bilocularis e Eschweilera amazonica tiveram os menores IPApar, variando de 0,10 cm ano-¹ (T5) a 0,25 cm ano-¹ (T4) e 0,12 cm ano-¹ (T5) a 0,25 cm ano¹ (T3), respectivamente. Nas árvores com copas totalmente expostas à radiação solar, foram registrados IPAdap maiores do que naquelas parcial e totalmente sombreadas, em todos os tratamentos experimentais, nos quatro períodos avaliados. As árvores que receberam luz difusa tiveram taxas de IPAdap semelhantes àquelas totalmente sombreadas. As árvores com copas completas normais tiveram IPAdap significativamente superiores, em todos os tratamentos experimentais, nos quatro períodos de avaliação, às árvores com copas completas irregulares ou incompletas. Árvores livres de cipós tiveram maiores IPAdap nos cinco tratamentos experimentais e nos quatro períodos avaliados, do que os indivíduos com cipós sem causar danos ou restrição ao crescimento. O crescimento em DAP das árvores com cipós, porém, sem causar danos aparentes tiveram taxas de IPAdap semelhantes às árvores com cipós restringindo o crescimento. Nos quatro anos de monitoramento da floresta, após a colheita de madeira e aplicação dos tratamentos silviculturais, T2 (desbaste de liberação modificado e corte de cipós) e T3 (somente corte de cipós) tiveram as maiores taxas de crescimento em diâmetro. Contudo, o período de quatro anos não é suficiente para indicar o tratamento “mais adequado”, com base no crescimento em diâmetro, em resposta à anelagem de árvores e corte de cipós.