Helmintofauna gastrointestinal em aves de rapina no Estado do Pará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MANGAS, Tiago Paixão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA - Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1742
Resumo: Parasitos do trato digestório são frequentemente detectados nestas aves, porém o conhecimento da helmintofauna em aves de rapina no Brasil ainda é incipiente. Portanto, o objetivo deste trabalho é investigar a helmintofauna gastrointestinal de aves de rapina que ocorrem no Estado do Pará, Brasil. Foram utilizadas 33 carcaças e helmintos regurgitados por um indivíduo, totalizando 34 indivíduos de 14 espécies: Megascops choliba (n=10), Rupornis magnirostris (n=8), Tyto furcata (n=5), Megascops usta (n=1), Athene cunicularia (n=1), Ibycter americanus (n=1), Asio clamator (n=1), Geranoaetus albicaudatus (n=1), Caracara plancus (n=1), Gampsonyx swainsonii (n=1), Buteogallus schistaceus (n=1), Micrastur ruficollis (n=1), Falco rufigularis (n=1) e Elanoides forficatus (n=1). Foi verificado 73,5% (n=20) de parasitismo nos exemplares analisados. A helmintofauna gastrointestinal apresentou grande riqueza de espécies, totalizando 12 táxons: os nematódeos Porrocaecum angusticolle em C. plancus, Subulura forcipata e Dispharynx sp. em M. choliba, Microtetrameres sp. em R. magnirostris e Procyrnea sp. em B. schistaceus; os trematódeos Platynosomum illiciens em M. choliba, T. furcata e G. swainsonii, Athesmia sp. em G. albicaudatus e Strigea sp. em R. magnirostris; e os acantocéfalos Centrorhynchus kuntzi em R. magnirostris, Centrorhynchus millerae em E. furficatus, Centrorhynchus guira e Centrorhynchus sp. em M. choliba. Nenhum cestódeo foi encontrado. As carcaças de M. usta, A. clamator, A. cunicularia, I. americanus, M. ruficollis e F. rufigularis não apresentaram helmintos gastrointestinais. C. guira e P. angusticolle representam novas ocorrências no território brasileiro e no Estado do Pará, estendendo seu alcance geográfico. São considerados novos hospedeiros: M. choliba para C. guira e S. forcipata; E. forficatus para C. millerae; B. schistaceus para Procyrnea sp.; C. plancus para P. angusticolle; G. albicaudatus para Athesmia sp.; e M. choliba e G. swainsonii para P. illiciens. Estes resultados reforçam a necessidade de ampliar as pesquisas no campo da parasitologia de aves de rapina no Brasil e, particularmente, no Estado do Pará.