Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
FIGUEIREDO, Priscilla Bittencourt de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA - Campus Belém
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/2511
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Resumo: |
As infecções causadas pelo Vírus Herpes Simples tipo 1 (HSV-1) representam um sério problema de saúde pública global, afetando uma parcela significativa da população. Embora fármacos convencionais como aciclovir e penciclovir ainda sejam a terapia padrão, a emergência de cepas resistentes demonstra a necessidade urgente de alternativas eficazes de tratamento. Nesse contexto, produtos de origem natural emergem como opções terapêuticas promissoras. Dentro da rica biodiversidade brasileira, a Carapa guianensis Aubl. (andiroba), da família Meliaceae, destaca-se como uma planta medicinal de grande importância na Amazônia. O óleo extraído de suas sementes possui várias propriedades medicinais reconhecidas como anti-inflamatória, anti-fungicas e antibacterianas. Este estudo propõe uma avaliação in vitro da atividade antiviral do óleo de andiroba frente o HSV-1. Foram realizados triagem antiviral em diferentes concentrações do óleo de andiroba por meio do ensaio de titulação viral, avaliação da inibição do efeito citopático viral, avaliação quantitativa por PCR em tempo real (q-PCR), avaliação do efeito protetor do tratamento com o óleo de andiroba (AO) antes da infecção com HSV1, além da compração entre o tratamento com óleo de andiroba e o medicamento de uso convencional contra o HSV-1, aciclovir. A análise dos dados foi realizada no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 24.0. Os resultados foram calculados pelos valores originais e expressos pela média. Foram analisados estatisticamente pelo teste t Student com correção de Welchs e pelo teste ANOVA. Valores com p inferior a 5% (α = 0,05) foram considerados significativos. A redução do efeito citopático após o uso do AO sugere uma possível ação antiviral, especialmente nas concentrações mais altas (100 ng/mL). A análise da curva dose-resposta demonstra clareza entre o aumento da concentração do AO e a diminuição da replicação viral do HSV-1. Na análise de qPCR, em concentração de 10 ng/mL de AO, observa-se uma leve diminuição nos valores de ΔCt à medida que a diluição do HSV-1 aumenta, o que sugere uma eficácia antiviral modesta. Para 100 ng/mL de AO, os valores de ΔCt são mais baixos do que na concentração de 10 ng/mL, sugerindo uma maior atividade antiviral com o aumento da dosagem do óleo. Esses resultados sugerem que o AO possui atividade antiviral in vitro, com maior eficácia em concentrações mais altas e com cargas virais mais baixas, embora ainda menos eficaz que o aciclovir. A partir desses resultados inéditos e promissores, futuros trabalhos utilizando doses maiores de andiroba devem ser realizados para avaliar a sua ação anti-viral. |