Efeitos do uso da castração imunológica no epitélio seminífero de machos bubalinos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Leonardo Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA - Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1872
Resumo: O procedimento de imunocastração vem sendo utilizado como técnica alternativa amplamente favorável ao bem-estar animal, por ser indolor, pouco invasiva e com eficácia semelhante à da castração cirúrgica, que causa maior estresse aos animais, principalmente quando realizada de forma inadequada. A imunocastração estimula a produção de anticorpos contra o Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH), bloqueando temporariamente a produção da testosterona pelas gônadas masculinas e consequetemente a espermatogênese. Por causa da escassez de informações sobre este procedimento em touros bubalinos, o estudo teve como objetivo analisar os possíveis efeitos da imunocastração no testículo desses animais. Vinte touros bubalinos, com idade entre 4 a 6 anos, oriundos da ilha do Marajó – PA, foram avaliados e divididos aleatoriamente em dois grupos composto por dez animais no grupo controle (GC) e dez do grupo imunocastrado (GIM). O produto utilizado foi a vacina anti-GnRH Bopriva ® (Zoetis, SP, Brasil). O GIM recebeu duas doses de 1,0ml contendo 400μg da vacina Bopriva ® com intervalo de 60 dias e o grupo controle recebeu 1,0 ml de solução fisiológica. Após 14 dias da última dose, os animais foram abatidos para consumo e foi coletado os 20 pares de testículos para analises de parâmetros macroscópicos como: comprimento, largura, circunferência e peso. Além disso, foi realizada a retirada de fragmentos do parênquima testicular na porção medial para confecção de lâminas histológicas. Para comparação dos dados foi aplicado o teste t de Student considerando a significância com p<0,05 e intervalo de confiança de 95%. Foi observado diferença significativa entre os dois grupos para grupos para peso (direito p<0001; esquerdo p≤ 0,0001), circunferência (direito p<0,0001; esquerdo p<0,0001), largura (somente lado direito p<0,0372) e comprimento (direito p≤ 0,0013; esquerdo p<0,0437). Na avaliação microscópica, os animais do GC não apresenteram alterações. Nos animais do GIM houve degeneração em todas as amostras, sendo visualizado descamação, tortuosidade e espessamento da membrana basal do túbulo seminífero, assim como vacuolização e atrofia das células de Sertoli. Foi observado também uma redução do número de células de Leydig, núcleos picnóticos e azoospermia. Conclui-se vacina anti-GnRH pode comprometer a fertilidade de búfalos, provavelmente pela supressão da função testicular. A provável supressão na função testicular foi demostrada através da análise das alterações macroscópicas e degeneração e atrofia testicular a nível histológico observadas em animais imunocastrados.