Medidas de diversidade de plantas aplicadas na diferenciação de tipos de uso da terra na Amazônia Oriental.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: DIAS, Carlos Henrique Saraiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/951
Resumo: Medir a diversidade pode auxiliar na avaliação dos impactos antrópicos e nas estratégias de conservação em paisagens modificadas pelo ser humano o problema é que além dos custos envolvidos no levantamento de dados, muitas vezes o valor da diversidade encontrada depende da medida utilizada e das métricas de resposta, o que dificulta a comparação entre diferentes comunidades. Neste sentido, este trabalho objetivou avaliar medidas de diversidade de plantas para diferenciar a cobertura de tipos de uso da terra na Amazônia Oriental. O estudo foi realizado nos municípios de Acará, Bujaru, Tailândia e Tome-açu, na região do Vale do Rio Acará, estado do Pará. Nesta região, 20 propriedades de pequenos produtores rurais familiares foram escolhidas e nelas foram estabelecidas parcelas onde foi inventariada a cobertura vegetal dos principais tipos de usos do solo: floresta, floresta secundária, sistemas agroflorestais, roças, plantios de dendê e pastagens. O inventário da vegetação foi realizado em três estratos verticais: superior, médio e inferior. Foram calculadas 36 medidas de diversidade em cada estrato, considerando quatro categorias de medidas: riqueza, uniformidade, heterogeneidade e estimadores. Os métodos de avaliação das medidas e de comparação entre os tipos de usos variaram conforme a categoria da medida. Nem todas as medidas conseguem diferenciar a cobertura vegetal encontrada nos tipos de usos da terra, indicando que alguns usos possuem a mesma diversidade; e, as medidas que conseguem essa diferenciação variam entre os estratos. Há um aumento do número de medidas que diferenciam os tipos de usos a partir do estrato inferior (duas medidas) para o estrato superior (26). Algumas medidas merecem destaque por realizarem maior diferenciação em dois estratos: ACE e Bootstrap (nos estratos inferior e superior), e Alfa de Fisher e Jacknife 2 (nos estratos médio e superior). Os estratos mostraram resultados distintos, como grupos taxonômicos distintos. O uso padronizado de uma dessas medidas deve ser um princípio metodológico a ser seguido, mas a importância da escolha da medida de diversidade para a diferenciação e ordenação das comunidades é também muito importante, pois os resultados variam entre as medidas e isso leva a diferentes resultados na avaliação de perdas de espécies e consequentemente o potencial de conservação de um determinado tipo de uso.