Morfologia e composição nutricional de frutos ornitocóricos em três estádios sucessionais na floresta atlântica brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Malanotte, Marcia Luzia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/35122
Resumo: Resumo: Os frutos ornitocóricos apresentam traços fenotípicos associados aos seus dispersores. O tamanho dos frutos é uma característica diretamente relacionada com a dispersão pelas aves. A cor dos frutos funciona na sinalização, aumentando a detectabilidade e servindo também como indicação de sua qualidade nutricional. O valor nutritivo dos frutos pode estar associado com dispersores mais específicos ou oportunistas, de acordo com a disponibilidade de lipídios, proteínas e carboidratos. Os traços fenotípicos são importantes para mostrar os padrões de convergência (TCAP) e de divergência (TDAP) que estruturam as comunidades e para entender os processos adjacentes. Analisamos como os traços morfológicos, nutricionais e de cor dos frutos ornitocóricos são representados nos três estádios sucessionais, se há relação entre a cor dos frutos e o recurso nutricional disponível e a ocorrência de padrões de convergência e divergência dos traços dos frutos. Para determinar como variam os traços dos frutos entre os estádios sucessionais foram realizadas análises de variância. Para avaliar a relação entre os traços morfológicos, de cor e químicos foram realizadas correlações simples. Utilizamos métodos de correlação de matrizes, por meio do algoritmo SYNCSA, para avaliar os padrões de convergência e divergência na organização da comunidade ao longo do gradiente sucessional. Os padrões foram relacionados à idade da vegetação. O tamanho do fruto e da semente aumentou com o gradiente sucessional, mas características químicas de lipídios, carboidratos e proteínas permaneceram similares. Frutos de cor preta predominaram ao longo do gradiente, com 80% no estádio jovem, seguidos da cor vermelha, com 40% no estádio maduro. Volume da semente, lipídios, luminosidade e tonalidade apresentaram convergência em todos os estádios sucessionais, indicando uma filtragem ambiental desses traços. Tendências de divergência dos traços de proteína e carboidrato ocorreram em estádio imaturo, possivelmente devido à competição entre as plantas por aves dispersoras ou por efeito da sucessão na composição de espécies de plantas. A ausência de sinal filogenético em nível de comunidade indica que a montagem da comunidade representada pelo núcleo central de espécies que tiveram maior força de interação, independe das afinidades filogenéticas entre as espécies, sendo determinada pelas respostas ao ambiente ou a fatores bióticos a que estão submetidas.