Distinção de sementes, frutos e plântulas das três espécies do genêro Carapa aubl. na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gama, Itamara Gonçalves da
Orientador(a): Ferraz, Isolde Dorothea Kossmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12995
http://lattes.cnpq.br/4787941009257050
Resumo: Na região Amazônica brasileira ocorrem três espécies de Carapa. Todas são conhecidas popularmente como andiroba e geralmente não são diferenciadas quando usadas. As árvores são de múltiplo uso, exploradas devido à madeira e principalmente ao óleo extraído das sementes. O presente estudo procurou caracteres distintos dessas espécies. Esta dissertação possui dois capítulos. O primeiro trata da morfologia foliar desde o desenvolvimento inicial até plantas juvenis, em comparação com plantas adultas. No segundo capítulo, foram registrados dados morfobiométricos de frutos e sementes, analisadas imagens digitais de sementes com Groundeye® e comparadas às características físico-químicas do óleo de sementes e a calorimetria das reservas de sementes. Sementes de três espécies foram coletadas nos estados brasileiros do Amazonas e Pará. De cada espécie foram coletados dados de 18 plantas e 115 sementes. Utilizou-se estatística descritiva para dados morfológicos e, quando possível, análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey para comparação de médias (probabilidade de 5%). No capítulo 1, o desenvolvimento das mudas foi avaliado até o 25º nó foliar, o desenvolvimento de catáfilos ou folhas, o comprimento dos internódios e a altura total das plantas. Todas as três espécies apresentaram um catáfilo no primeiro nó foliar. Não houve padrão na sequência de catáfilos e folhas com lâmina expandida ao longo dos 25 nós, nem dentro da espécie nem entre as espécies. Até o 5º nó foliar, os entrenós eram mais longos que as posteriores, nas três espécies. É possível distinguir as espécies pela morfologia das primeiras catáfilos. Com o desenvolvimento posterior, os catáfilos se tornam semelhantes. Folhas e o número de folíolos por folha têm características distintas em mudas e adultos, e são úteis para distinguir as espécies. No capítulo 2, os dados biométricos de frutos e sementes se sobrepuseram entre C. guianensis e C. surinamensis. No entanto, todas as variáveis biométricas de C. vasquezii diferiram das outras duas espécies. O comprimento e a largura do hilo das sementes foram úteis para diferenciar as três espécies. Também foi possível distinguir as sementes por imagens das texturas capturadas com o GroundEye®. O conteúdo de água das sementes recém-dispersas foi significativamente maior em C. vasquezii e, consequentemente, a extração de óleo com base no peso fresco é reduzida. Avaliando a massa seca das sementes, a quantidade de calorias foi menor em C. vasquezii, o que pode indicar uma composição química diferente. Para estudos adicionais, recomendamos uma análise comparativa e mais detalhada dos óleos de sementes das três espécies. Numa primeira avaliação, as sementes de C. surinamensis apresentam o conjunto de características mais favoráveis (teor de óleo, iodo, saponificação) para extração e uso do óleo. Palavras-chave: morfologia foliar, biometria, GroundEye®, óleo, calorimetria e teor de água.