Morfologia funcional de plântulas como indicador fisionômico da dinâmica de regeneração de espécies arbóreas da floresta ombrófila mista, Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gogosz, Alessandra Mara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30561
Resumo: Resumo: O estudo da morfologia e da funcionalidade das sementes e das plântulas permite compreender melhor os processos de estabelecimento das espécies, a dinâmica sucessional das comunidades vegetais, além de auxiliar nos estudos de regeneração. Dessa maneira, este estudo teve por objetivo analisar a morfologia de sementes e a morfoanatomia de plântulas, visando identificar possíveis padrões morfofuncionais em espécies, com diferentes estratégias de estabelecimento. Foram coletados frutos maduros de 18 espécies arbóreas pertencentes a três grupos ecológicos (pioneira, secundária inicial, secundária tardia) da Floresta Ombrófila Mista, no estado do Paraná. As sementes foram mensuradas e posteriormente semeadas para obtenção das plântulas, cujo desenvolvimento foi acompanhado até a expansão total do primeiro par de eofilos. Nessa fase, foi realizada a biometria das plântulas, assim como a anatomia e testes microquímicos dos cotilédones e eofilos. Também foram realizadas as descrição e ilustração das características morfológicas dos diásporos, das sementes e das plântulas. Para a comparação das médias utilizou-se o teste Tukey. Os dados foram submetidos àa análisea de componentes pricipais e de agrupamento. Em geral, as espécies pioneiras possuem diversas características que as diferem das secundárias tardias, especialmente às relacionadas ao tamanho das plântulas e das sementes, aos processos de dispersão, a presença de endosperma, a espessura dos tecidos foliares, a densidade estomática, a presença de tricomas nas plântulas, a alocação de recursos em parte aérea e o investimento da plântula em biomassa e área para interceptação da luz. Com relação à análise de agrupamento, foi possível constatar que as espécies pioneiras tendem a formar um grupo distinto ao das secundárias tardias. Porém, as secundárias iniciais estudadas estão distribuídas nesses dois grupos. As respostas morfológicas observadas podem implicar em diferentes estratégias de estabelecimento das plântulas no processo de sucessão. Em geral, observou-se um desenvolvimento inicial mais rápido das espécies pioneiras e secundárias iniciais, pouco dependentes dos recursos da semente, ao contrário das secundárias tardias, que contam com maior biomassa inicial, proveniente das reservas da semente, porém com desenvolvimento mais lento.