Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Tschá, Marcel Kruchelski |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/26185
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Resumo: |
Resumo: Nas duas últimas décadas, as relações de dominância ecológica das espécies tidas como resultados dos efeitos comportamentais e da dominância numérica dos indivíduos passaram a ser observadas levando a crer que trade-offs entre as características ecológicas seriam pré-requisitos para coexistência das espécies. No entanto, uma teoria de nicho clássica, a hipótese da similaridade limitante, prediz que espécies com características semelhantes não podem coexistir localmente devido à competição por limitação de recursos, para a qual a exclusão competitiva seria determinante na segregação das espécies com características ecológicas semelhantes. A composição das comunidades de formigas por sua vez é afetada por uma infinidade de outros mecanismos que também podem estar associados a coexistência local dos formicídeos, embora sejam processos ainda hoje pouco compreendidos. Com a crescente utilização de ferramentas moleculares na última década, houve um avanço científico que tem permitido novas abordagens a cerca de diversas questões fundamentais da ecologia de comunidades pela utilização de filogenias. Devido à facilidade de coleta e observação em campo foi selecionado o gênero hiperdiverso de formigas Pheidole Westwood (Formicidae: Myrmicinae), modelo ideal para estudos que visam a integração de informações filogenéticas, ecológicas, morfológicas e comportamentais para o entendimento da estrutura de assembleias de espécies em escalas ecológicas e locais. Através de experimentos avaliativos do nível de tolerância fisiológica, medições morfológicas indicativas do tamanho médio de corpo e grau de dimorfismo, além da velocidade de forrageamento como estimativa comportamental, este estudo objetiva, integrar informações filogenéticas, ecológicas, morfológicas e comportamentais com o intuito de compreender os mecanismos de coexistência de espécies simpátricas de Pheidole. Como variáveis interespecíficas não são independentes devido à sua história evolutiva compartilhada, os dados originais desta pesquisa foram previamente transformados em contrastes padronizados utilizando o método de Contrastes Filogeneticamente Independentes de Felsenstein. Os resultados apresentados indicam que a coexistência das formigas é delimitada por uma relação de dominância e submissividade das espécies que por sua vez é afetada por efeitos comportamentais e fisiológicos. As espécies mais tolerantes fisiologicamente e com comportamento que privilegia sua ação de forrageamento são as espécies mais abundantes e que usurpam o território e os recursos nele disponíveis, submetendo as espécies menos tolerantes e de fragilidade comportamental a uma submissividade. |