Comportamento de espécies arbóreas nativas implantadas em áreas com diferentes graus de sucessao no reservatório Iraí - PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Chiamolera, Larissa de Bortolli
Orientador(a): Angelo, Alessandro Camargo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/17822
Resumo: A perda de florestas cresce numa taxa alarmante, estimando-se que a cada ano 15,4 milhões de hectares de florestas tropicais são destruídas ou seriamente degradadas. Em face disto, a partir dos anos 90 foi observado um grande aumento das iniciativas de recuperação de áreas degradadas impulsionado pela conscientização da sociedade e da exigência legal (Lei nº 4771/65 do Código Florestal), desta forma demandando estudos que gerem conhecimentos técnicos-científicos capazes de suprir as necessidades de informações para esses programas de recuperação. Esse trabalho visou abordar os aspectos silviculturais, morfo-anatômicos e fisiológicos de quatro espécies florestais nativas (Schinus terebinthifolius; Mimosa scabrella; Podocarpus lambertii e Luehea divaricata) implantadas em duas áreas com diferentes graus de sucessão no projeto de revegetação das margens do Reservatório do Iraí, localizado na região metropolitana de Curitiba-PR. Para isso foram realizadas medições de altura e diâmetro aos 6, 12, 18 e 24 meses, assim como verificado a taxa de sobrevivência dessas espécies. Aos 18 meses também foram coletadas folhas de S. terebinthifolius, M. scabrella, P. lambertii a fim de verificar a morfo-anatomia dessas e no mesmo período foi realizada a coleta de dados fisiológicos de S. terebinthifolius e M. scabrella. Os dados obtidos foram submetidos ao Teste t. S. terebinthifolius apresentou uma superioridade de altura dos indivíduos que estavam na capoeira até os 18 meses, não diferindo mais aos 24 meses e a sua taxa de sobrevivência, aos 24 meses de plantio, foi de 81,37% para a área de capoeira e 68,15% para a área aberta. Com relação aos dados morfo-anatômicos, S. terebinthifolius apresentou diferença significativa para a área foliar e área foliar específica, sendo maior para os indivíduos da área de capoeira; a espessura da cutícula, do parênquima paliçádico e espessura total do limbo foi significativamente maior para os indivíduos da área aberta. Os dados fisiológicos mostraram diferença significativa somente para a taxa de transpiração que foi maior na capoeira. M. scabrella foi a espécie que obteve os menores índices de sobrevivência em ambas as áreas, restando aos 24 meses, na área aberta 13,54% das mudas implantadas e na capoeira, 21,18%. Para os parâmetros morfológicos, M. scabrella apresentou diferença significativa apenas para área foliar específica que foi maior para os indivíduos da capoeira. Com relação aos parâmetros anatômicos, apenas a espessura da epiderme adaxial e do parênquima paliçádico mostraram diferenças significativas. A epiderme adaxial foi maior na área de capoeira, enquanto que o parênquima paliçádico foi maior na área aberta. Os dados fisiológicos mostraram diferença significativa para a taxa de transpiração que foi maior na área aberta e a condutância estomática que foi maior na capoeira. P. lambertii apresentou melhores índices de crescimento, tanto em altura como em diâmetro, na área aberta e apresentou diferença significativa para a área foliar, sendo maior para os indivíduos da capoeira. Já para a densidade estomática, espessura de cutícula, parênquimas paliçádico, lacunoso, espessura total, altura e diâmetro foram significativamente maiores para os indivíduos da área aberta. L. divaricata até os 18 meses não apresentou diferença significativa entre a área aberta e capoeira, porém aos 24 meses a altura foi maior para a área de capoeira com diferença significativa em relação a área aberta e para o diâmetro foi maior para a área aberta aos 24 meses. Assim, dentre as espécies estudadas S. terebinthifolius é a espécie com maior plasticidade. A segunda espécie com melhores índices de sobrevivência e crescimento foi P. lambertii, que também demonstrou apresentar certa plasticidade. Já L. divaricata deve ser priorizada em plantios que ofereçam uma condição de sombreamento maior e M. scabrella é recomendada somente em altas densidades, pois apresenta índices de mortalidade muito expressivos.