Análise proteômica comparativa do Carcinoma Mamário Lobular e Ductal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Nayara Cristina dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26266
Resumo: Resumo: O câncer de mama apresenta uma alta incidência, aparecendo como o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Apesar de ser considerado um câncer de bom prognóstico, se diagnosticado e tratado precocemente, as taxas de mortalidade no Brasil são elevadas provavelmente porque a doença é diagnosticada em estágios avançados. As pesquisas sobre o diagnóstico e tratamento desta doença permitiram avanços que refletiram na melhora do prognóstico e sobrevida destas pacientes nas últimas décadas. Entretanto, ainda não são claros os mecanismos básicos da carcinogênese mamária, cujo conhecimento é fundamental para a caracterização de novos marcadores moleculares tanto para o diagnóstico precoce como para o desenvolvimento de terapias específicas. Considerando que as análises proteômicas são de grande valia na identificação das funções biológicas e protéicas, além das inter-relações protéicas, o estudo comparativo do proteoma das pacientes com carcinoma lobular e ductal é uma interessante forma de se identificar proteínas diferencialmente expressas. Neste trabalho foram estudadas seis amostras de carcinomas mamários, três caracterizados como ductais (CD) e três como lobulares (CL). A análise comparativa do proteoma realizada por eletroforese bidimensional e espectrometria de massas possibilitou a identificação de 30 spots estatisticamente relevantes, correspondendo a 26 proteínas diferencialmente expressas entre as pacientes com CD e CL. Funcionalmente estas proteínas estão envolvidas numa série de processos biológicos, como apoptose, resposta ao estresse, organização do citoesqueleto, diferenciação, proliferação, progressão, angiogênese e regulação da divisão celular, que podem desempenhar um papel importante nas propriedades tipo-específicas de cada tumor. Nossos dados reforçam a diferença de expressão de algumas proteínas relatadas em trabalhos anteriores, além de apontar diferenças relevantes entre os dois subtipos tumorais, que devem ser confirmadas em amostras individuais. Como por exemplo, a baixa regulação da proteína de ligação à vitamina D, tropomiosina cadeia alfa-3, triose-fosfato isomerase e endoplasmina, encontrada no CL. Conseqüentemente, o CL difere do CD não somente nas características clínicas e histológicas, mas também no padrão de expressão protéica, fornecendo evidências complexas da inter-relação entre os subtipos histológicos. Os achados protéicos diferenciais tanto do CD quanto do CL podem trazer importantes aplicações clínicas como potenciais biomarcadores, inclusive para terapias direcionadas. No entanto, mais estudos são necessários para compreender as diferenças aqui observadas, quanto a fornecer informações consistentes sobre a correlação destas proteínas com o diagnóstico, tratamento e prognóstico de cada subtipo histológico.