Multiplicação de matrizes de porta-enxertos híbridos de videira (Vitis labrusca x Vitis rotundifolia) por micropropagação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Reinhart, Vanessa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/34841
Resumo: Resumo: A videira é uma espécie frutífera de grande importância, porém a maioria das cultivares copa e porta-enxerto são suscetíveis a pragas e doenças, sendo o uso de cultivares resistentes a forma mais eficiente de controle. As cultivares de Vitis rotundifolia e seus híbridos tem mostrado tolerância a várias doenças e pragas de solo importantes na viticultura. A partir desses conhecimentos, foram realizados cruzamentos entre cultivares de V. labrusca e V. rotundifolia com o objetivo de desenvolver novos porta-enxertos. Com a obtenção das matrizes híbridas, é necessário realizar a propagação massal desses porta-enxertos, sendo a micropropagação o método mais adequado devido à possibilidade da obtenção de material vegetativo de boa qualidade fitossanitária em curto período de tempo. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo de micropropagação para a rápida produção de mudas dos novos porta-enxertos híbridos de videira. Para a realização dos experimentos foram utilizados segmentos nodais oriundos de plantas matrizes dos seguintes cruzamentos: Isabel x Carlos (IC125), Isabel x Bountiful (IB481), Isabel x Magnólia (IM628) Isabel x Regale (IR423), Bordô x Carlos (BC161) e Bordô x Magnólia (BM573). Na avaliação de diferentes meios de cultura (QL, MS/2 e C2D). O meio MS/2 mostrou-se adequado para o desenvolvimento das brotações de ambos os híbridos. Para a multiplicação das brotações foi testada a citocinina BAP (6-benzilaminopurina) em diferentes concentrações (0,0; 1,0; 2,5 e 5,0 uM), sendo que a concentração de 5,0 uM apresentou maior número de brotações por explante, sem afetar o desenvolvimento das brotações. Na fase de enraizamento in vitro foi adicionada ao meio de cultura a auxina ANA (ácido naftaleno acético) em diferentes concentrações (0,0; 0,2; 0,4 e 0,8 uM). Houve 100% de enraizamento em todos os tratamentos, mostrando que não há necessidade da utilização de auxina no meio de cultura para promover a rizogênese desses híbridos. A adição de ANA ao meio de cultura prejudicou a formação de brotações nos explantes e a posterior aclimatização, sendo que após a aclimatização, os explantes pertencentes à testemunha obtiveram maior porcentagem de sobrevivência. Para o enraizamento ex vitro foram utilizadas microestacas padronizadas com duas folhas, as quais foram tratadas com a auxina AIB (ácido indolbutírico) em diferentes concentrações (0; 500; 1000 e 1500 mg L-1). Assim como no enraizamento in vitro, houve 100% de enraizamento das microestacas em todos os tratamentos, mostrando que não é necessária a utilização de auxinas exógenas independente do método de enraizamento. Conclui-se que para a micropropagação dos porta-enxertos híbridos é adequada à utilização de meio MS/2 suplementado com 5 uM de BAP. O enraizamento ex vitro sem auxina com simultânea aclimatização pode ser utilizado para os híbridos IM628, BC161 e BM573, para os híbridos IC125 e IB481, o enraizamento in vitro mostrou-se mais eficiente, necessitando de mais estudos para o enraizamento ex vitro.