A influência do polimorfismo do CYP2C9 na atrofia cerebelar em pacientes usuários de fenitoína

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Twardowschy, Carlos Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30616
Resumo: Resumo: Até 50% dos pacientes que utilizaram fenitoína (FNT) para tratamento de epilepsia apresentam algum grau de atrofia cerebelar, porém os mecanismos de como isto ocorre ainda não são claros. A FNT é metabolizada quase que exclusivamente pela enzima CYP2C9 (90%) e em portadores de mutação desta enzima, esta metabolização pode estar reduzida em até 50%. O objetivo do estudo é avaliar se pacientes com epilepsia que utilizaram FNT e apresentam mutação do CYP2C9, portanto com metabolização deficiente de FNT, apresentam um menor volume cerebelar (VC) que os pacientes sem esta mutação. Cem pacientes com epilepsia e usuários comprovados de FNT por pelo menos 1 ano, foram classificados conforme o perfil do CYP2C9 em selvagens (sem mutação, variante *1) e mutantes (variantes *2 e *3). De 72 pacientes sem mutação foram selecionados 19 (grupo SEL-P) que apresentavam características clínicas e demográficas mais semelhantes a 19 pacientes com mutação (Grupo MUT-P). Os dois grupos realizaram volumetria encefálica por ressonância magnética, sendo no processamento das imagens e no cálculo do volumes, utilizado o software MIPAV. As características clínicas e demográficas dos grupos SEL-P e MUT-P não apresentaram diferenças estatísticas significativas. Para comparação do VC, entre os grupos mutantes e selvagens, foram anuladas possíveis variáveis de confusão, através de teste de regressão logística. O grupo MUT-P apresentou uma redução no volume cerebelar total em relação ao grupo SEL-P (6,8% x 7,4%), porem sem significância estatística (p=0,13). Na análise isolada da substância branca cerebelar o grupo MUT-P apresentou uma redução volumétrica significativa (p=0,002) em relação ao grupo SEL-P (1,8% x 2,3%). O padrão de redução do VC, predominante na substância branca, sugere uma relação direta entre metabolização deficiente de FNT, pela presença de mutação do CYP2C9 e atrofia cerebelar, em pacientes com epilepsia e usuários de FNT.